*Rangel Alves da Costa
É preciso acreditar, eis o dizer popular. Mas é verdade, sem acreditar naquilo que se deseja ou se tem como verdade, impossível ir adiante com objetivos de vida.
Somente acreditando é possível lutar, ter esperança, seguir em frente em busca de sonhos e de melhores perspectivas. Ser movido na direção daquilo que se deseja alcançar.
Como o crente vislumbra na fé seu poder de cura, igualmente os demais devem abraçar essa religião de si mesmos. O simples fato de não desistir já indica força espiritual.
A crença conduz o ser humano, não que duvidar. A descrença faz desistir, faz com que a derrota chegue quando a vitória já estaria garantida mais adiante.
O próprio significado de crença já diz desse desejo íntimo e que deve servir como guia na existência. Crença nada mais é que a confiança que o sujeito tem em conseguir seus objetivos.
Mas também a valorização de objetos, símbolos e situações, como meios que permitem o alcance dos objetivos. A crença da cura através da oração, da promessa ou dos ofícios religiosos, situa-se nesse contexto.
A crença também como atitude mental em ver as coisas como possibilidades. Acredita que vai conseguir e faz de tal perspectiva como um caminho que vai sendo percorrido.
Quando alguém diz que acredita em milagre, por exemplo, torna sua crença em algo dependente de forças superiores. Por consequência, a crença maior está na própria intercessão da força superior.
Existe crença que é assemelhada às esperanças. A crença que vai chover, que vai semear e colher. A crença que mesmo o sofrimento não consegue afastar a bonança que logo virá.
Muita gente acredita que pode mudar o mundo. Sabe que o mundo não está sob suas mãos e que será impossível transformá-lo como num passe de mágica. Mas vai fazendo sua parte porque acredita que sua ação, somada a outras ações, terá resultados positivos.
E até crenças absurdas, como as de achar que políticos que se comprometem respeitarão suas promessas mais adiante. Ou a de que todo mundo é amigo e, por isso mesmo, deve em todos confiar.
As crenças pessoais são, contudo, aquelas que mais verdadeiramente frutificam, eis que não dependem de terceiros ou de intervenções outras para se realizarem. Dependem sempre da própria pessoa.
A crença que somente através do trabalho terá seu futuro menos angustiado. A crença que o estudo abre caminhos e uma boa formação possibilita melhor qualidade de vida. A crença que ser honesto permite maior aceitação social.
Tudo isso está na dependência do próprio sujeito. Como se diz, por ser dono do próprio destino, então deverá saber o melhor que deseja a si mesmo. E fazendo disso uma crença que vai conseguir.
De qualquer forma, sempre sejamos fiéis às nossas crenças, De vez em quando imaginar que somos capazes de tudo. E dessa força, dessa ambição boa e positiva, tecer o próprio mundo e o que nele deseja encontrar.
Escritor
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