>Ela nasceu
em Paulo Afonso, Bahia e foi a segunda mulher de Luíz Pedro, o homem de
confiança de Lampião. Nenê, como era chamada, recebeu o nome de Elenor. Mas o
pesquisador Renato Luiz Bandeira, apresenta outra versão e conta que apenas
duas ou três coisas se sabe dela, nem mesmo o seu nome de batismo e que seu
pai, tinha o apelido de Bundinha.
Outros
estudiosos do Cangaço trazem mais detalhes: certo dia, os cangaceiros bateram
na porta de sua casa pedindo dinheiro ao seu pai, um coronel, mas na ocasião
estava desprevenido. Os cangaceiros não pensaram duas vezes: levaram Nenê como
“garantia” ou sequestro. A moça não parava de chorar, mas tanto, que um dos
componentes do bando disse que ia matá-la para não ouvir mais o seu choro. Foi
quando Luíz Pedro interferiu e a protegeu. Ficou com ela. Formaram
um casal até que a morte os separou. Nenê foi primeiro. Morreu num tiroteio em
Itabaiana, em 1937.
Era parda,
cabelo escorrido, estatura média e simpática. Foi uma das cangaceiras mais
próximas a Maria Bonita. Ferida várias vezes e no bando era conhecida como Nenê
Ouro, por ostentar medalhões pesados de ouro. Presentes de Luiz
Pedro. Teve uma filha, Maria Matos que foi colocada na Roda dos Expostos, na
Casa de Misericórdia de Salvador, mas morreu pouco tempo depois de pneumonia.
A história de
Nenê é uma entre tantas dessas cangaceiras que povoam o mundo feminino do
Cangaço. Infelizmente, poucas informações foram registradas como era o costume
da época. Essas mulheres com suas histórias verdadeiras ou não, deixaram suas
marcas nas caatingas do Nordeste e todas foram Marias Bonitas.
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