ra tarde
da noite e as volantes estavam entrincheiradas na escuridão, no momento em que
Sabino ultrapassava por cima de uma cerca, foi iluminado por um relâmpago e
visto pelos soldados que na oportunidade atiraram acertando-lhe os “vazí”
(barriga), muito ferido foi resgatado por Lampião e levado em rápida fuga,
sendo que, em determinado momento, sentindo-se muito abatido, com fortes dores,
o ferimento exalando odor de fezes, percebeu que não tinha chance de vida e que
estava atrasando o grupo e pondo todos em risco, pediu então a Lampião que o
executasse para por fim àquele sofrimento,.
Lampião disse-lhe que não matava
amigos, então ele pediu uma arma, que lhe foi entregue, ao tentar atirar no
próprio ouvido a arma não disparou e percebeu que ela não tinha balas, aí disse
que aquilo era uma covardia, que no meio de tantos amigos, não tinha um homem
para atender seu pedido, foi quando o cangaceiro Mergulhão, de seu sub-grupo,
disse que se fosse mesmo de sua vontade faria o serviço.
Sabino então, pediu
um instante, fez uma oração, cobriu o rosto com um pano e disse que estava pronto,
momento em que Mergulhão deu-lhe um tiro de misericórdia ceifando ali sua
trajetória de vida.
(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 11/10/2019.
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