Francisco Carlos Jorge de Oliveira
Em todos os
grupos de estudos do cangaço, vemos o povo nordestino venerarem Lampião ao
extremo, isso como se o fora da lei fosse um herói, um libertador, um
justiceiro que, com seus cabras ajudavam os sertanejos, levando esperança e
justiça a um povo paupérrimo e desprivilegiado, explorado pela elite.
Quase
ninguém fala em Antônio Conselheiro, e a bravura de seus valorosos jagunços, na
heroica defesa do Belo Monte, derrotando por varias vezes nas Campanhas de
Canudos, as tropas federais do assassino presidente Prudente de Morais.
Também
nunca comentaram sobre os intrépidos e místicos Monges José Maria de Santo
Agostinho, João Maria de Jesus e Miguel Lucena de Boaventura, que lideraram a
sangrenta Guerra do Contestado, uma revolução armada que incluíam posseiros e
pequenos proprietários de terra de um lado, e representantes dos poderes
estaduais e federais do outro; conflito armado que durou ente agosto de 1912 a
outubro de 1916, na divisa do Paraná com o estado de Santa Catarina.
Eu não
quero criticar ninguém, nem macular a imagem de Lampião perante o povo
nordestino, mas acho que esses lideres revolucionários e seus rebeldes, por mim
supracitados, são mais valorosos e merecem todo o nosso respeito, muito mais
que Lampião, pois lutavam por um ideal, enquanto o líder cangaceiro e seus
sectários, atendia aos ensejos dos corneis e outros latifundiários, sem visar
nenhum objetivo politico social em defesa de uma causa nobre.
Veja bem, se os
intrépidos Monges e o valente Antônio Conselheiro triunfassem no prélio ate o
fim, com certeza após a guerra iriam cuidar de suas propriedades dar sequencia
a seus ideais, ou fazer como os gringos ao conquistar a Província Cisplatina
hoje o Uruguai.
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