Por João Filho de Paula Pessoa
O Cangaço, fenômeno social nordestino brasileiro, existiu e habitou o bioma da Caatinga, patrimônio biológico exclusivamente brasileiro, especifico do Nordeste, que ocupa os Estados da Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e parte do norte de Minas Gerais, que significa, em tupi, mata branca, e que não é encontrado em nenhum outro lugar do mundo.
Foi neste rústico e exclusivo bioma, de paisagem esbranquiçada e espinhosa, em que a vegetação perde as folhas no período sem chuva, ficando somente os galhos secos, os troncos de cascas grossas e os espinhos, de clima semiárido, poucas chuvas e muito sol, com grandes estiagens, de temperaturas elevadas e forte evaporação das reservas d’água, que os Cangaceiros nasceram, sobreviveram, percorreram, guerrearam e morreram, numa extrema, natural e espetacular adaptação. Neste habitat viveram entre Angico, Aroeiras, Bromélias, Cactos, Carnaúbas, Coroas de Frade, Catingueiras, Ipês, Juazeiros, Mandacarus, Umbuzeiros, Xique-Xique, Palmas, Facheiros, Juremas, Malícias e Sabiás, juntamente com Pássaros, Aves, Águias, Raposas, Répteis, Cutias, Gambás, Cobras, Macacos, Saguis, Onças, Sapos, Tatus, Veados, Insetos, dentre outros animais, sentiram calor, frio, fome, sede, exaustão, se feriram, adoeceram e se curaram com a medicina tirada desta natureza, tiveram filhos, enterraram seus mortos e foram enterrados, e entraram para a história.
João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce., 18/11/2020.
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