Dona Madalena (98 anos), para quem ainda não conhece a história, é filha do primeiro cangaceiro Moreno que fez parte do bando de Lampião quando este esteve acoitado entre os anos de 1922 e 1924 nas terras da antiga Patos de Princesa (Atual Patos de Irerê - São José de Princesa - Paraíba), na época pertencente ao município de Princesa, Paraíba, terra politicamente dominada pelo coronel José Pereira Lima (Zé Pereira).
Durante esse período, por razões desconhecidas, Moreno I decidiu sair do bando e passou a fazer parte de grupos armados ligados ao poderoso coronel Zé Pereira de Princesa.
A saída do bando e a participação no ataque ao cangaceiro Meia-Noite I, quando este foi cercado e atacado no Sítio Tataíra por policiais ligados ao governo do estado da Paraíba e civis em armas subordinados ao coronel da Lagoa da Perdição, fez com quê Moreno I fosse jurado de morte e incluído na extensa relação de desafetos de Lampião. Conta-se ainda que Moreno I foi um dos responsáveis por escoltar a companheira do cangaceiro Meia-Noite I (Antônio Augusto Feitosa), que havia se entregado à polícia no decorrer do combate, até a cadeia pública de Princesa, onde ficou detida. Sendo este fato outro agravante para um possível e futuro acerto de contas.
Passaram-se os anos e acontecimentos envolvendo a Revolta de Princesa (1930), fez com quê o antigo cangaceiro abandonasse a região e juntamente com sua esposa e filhos se mudasse para o estado de Alagoas, onde na região de Água Branca se estabeleceu e recomeçou uma nova vida, dessa vez longe do cheiro da pólvora.
Roça plantada e a vida transcorria normal naquele ano de 1936 para o ex-cangaceiro e seus familiares até que inesperadamente em determinada noite sua casa foi cercada por Lampião e seus homens, que sem se identificarem como cangaceiros exigiram sua saída da casa a fim de conversarem.
Segundo dona Madalena o pai pressentiu que fossem cangaceiros, mas determinado, Moreno deixa a casa e caminha em direção ao grupo de bandoleiros, onde após breve conversa com seus algozes foi assassinado com dois tiros sem nenhuma chance de defesa na frente de sua esposa e filhos menores, mas sem dar o prazer de se acovardar ou pedir clemência aos seus assassinos.
Bem! Vou parar por aqui.
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Uma história de dor e superação.
Continuem nos acompanhando.
Atenciosamente:
Geraldo Antônio De Souza Júnior - Criador e administrador dos canais Cangaçologia e Arquivo Nordeste.
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