Por Dr. Epitácio de Andrade Filho
De 3 a 6 de dezembro de 1987, durante o II Congresso Nacional de Trabalhadores em Saúde Mental, realizado na cidade de Bauru, interior paulista, surgiu um movimento social organizado em torno da luta por uma sociedade sem manicômios. Inspirada nas ideias dessa luta e na Reforma Psiquiátrica brasileira, entre 1994/95, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Natal começou a ser implantada.
A Luta Antimanicomial tem dois eixos programáticos principais: 1. Garantir os direitos fundamentais da pessoa portadora de transtornos mentais; e 2. Defender a implantação de serviços de saúde mental de qualidade, hierarquizados, descentralizados, de base comunitária, que possam dar conta da demanda, redirecionando dessa forma o modelo de assistência em saúde mental: Do anacrônico manicômio para uma Rede de Atenção Psicossocial (Formada por Centros de Atenção Psicossocial-CAPS e outros serviços não-manicomiais).
Em maio de 1997, uma década após criação do movimento a nível nacional, o Rio Grande do Norte realizou seu 1º Encontro estadual.
No ano seguinte em 1998, a Câmara de Natal aprovou e o executivo sancionou a Lei que institui o 18 de maio, como DIA MUNICIPAL DE APOIO À LUTA ANTIMANICOMIAL.
Com a Luta Antimanicomial, ganhou força a ideia de reabilitação psicossocial e serviçospassaram a priorizar sua organização com este fim.
Somente no
século XXI, houve a interiorização da Reforma Psiquiátrica Potiguar.
Em 2001, foi implantado o CAPS/CAICÓ, depois veio o CAPS/MOSSORÓ, Parelhas, Currais Novos, Santa Cruz e outros.
No ano de 2002, a capital do Seridó sediou o Encontro Nordestino de CAPS. Depois de renhida e incisiva ação do Núcleo Seridoense da luta Antimanicomial, o manicômio de Caicó foi fechado definitivamente em 2008.
A Luta Antimanicomial continua viva, celebrando conquistas e querendo muito mais. Salve 18 de maio- DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL.
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