Por José G. Diniz
Eu viajei de Mossoró
Até a cidade do Teixeira
Fui a Sapé e Bananeira
Patos, Pombal e Jericó
Catole, Brejo e Belém
Para viajar no trem
Sem cartão ninguém vai
Sem cartão ninguém vem
Tanto vem como vai
Tanto vai como vem
Quem tem não da
Quem da não tem
Se você souber
Faça assim também
Quem segura peito é corpete
Quem não canta gabinete
Não é cantor para ninguém
Eu morava em Itaquera
E trabalhava na penha
Na estação compre a senha
Me sentei, fiquei na espera
O guarda falou para a galera
Daqui a pouco o trem vem
Comprei um cartão
Para viajar no trem
Sem cartão ninguém vai
Sem cartão ninguém vem
Tanto vem como vai
Tanto vai como vem
Quem tem não da
Quem da não tem
Se é poeta faça isso bem
Carta resumida é bilhete
Quem não canta gabinete
Não é cantor para ninguém
Fui em festa em São Luiz
Arranjei um quebra galho
O peste para dar trabalho
Ainda morava em Imperatriz
Veja a besteira que fiz
Levei ela a Santo Arem
Comprei um cartão
Para viajar no trem
Sem cartão ninguém vai
Sem cartão ninguém vem
Tanto vem como vai
Tanto vai como vem
Quem tem não da
Quem da não tem
Mas se souber abrir bem
Porteira provisoria é colchete
Quem não canta gabinete
Não é cantor para ninguém
Fiz turismo no Irã
Passei também no Iraque
Fui a Hiroshima e Nagasaki
Visitei a baixa Teerã
Conheci o Congo e Omã
E a maravilhosa Jerusalém
Comprei um cartão
Para viajar no trem
Sem cartão ninguém vai
Sem cartão ninguém vem
Tanto vem como vai
Tanto vai como vem
Quem tem não da
Quem da não tem
Isso ai eu sei também
Quem para bala é colete
Quem não canta gabinete
Não é cantor para ninguém.
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