Poesia de Conrado Matos
Foto: Moreno e Durvinha, como eram apelidados no cangaço.
O casal Moreno e Durvalina
Cangaceiros deste sertão sem mar
Do outro Durvalina Gomes de Sá
Os dois foram do bando de Lampião
Na madrugada do sangrento lugar
Fugiram da polícia feitos cão
Numa resistência sem recuar
Andavam em meio às escondidas
Com medo de serem encontrados
Se pegos acabariam duas vidas
Jamais queriam ser decapitados
Moreno fora um sério trabalhador
Durvalina filha de um fazendeiro
Moreno nunca foi um matador
Mas um dia, Moreno se tornou
Envolveu-se em uma briga de casal
E partiu para colocar ponto final
Matou o marido de Antoninha
Moreno fugiu pra não se dá mal
E aí fez Moreno em busca do Capitão
Na defesa de amparo e proteção
Justiça não existia pra gente do sertão
E o jeito foi Moreno seguir Lampião
Conrado Matos - Psicanalista, Poeta e Escritor sergipano, residente há 41 anos em Salvador. Nasceu no Povoado Poção, Canhoba, Sergipe. Autor dos livros, A RECEITA da FELICIDADE vem de VOCÊ, O Sertão em Versos, Salvador ao Vivo e a Cores - Anos 80.
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