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domingo, 18 de março de 2012

Artigo - Posse da Associação dos Filhos e amigos de Aurora residentes em Fortaleza(AFA))

Por José Cícero
 


Estive a conferir de perto todas as emoções  que foi  a solenidade  de posse  da nova diretoria da AFA,   assim como de todo o ato festivo  ocorrido no último sábado em Fortaleza.  Um autêntico encontro, ou mesmo um reencontro de gerações.

Homens e mulheres aurorenses das mais variadas ramificações familiares, mas que têm em comum, além do amor à terra em que nasceram –  uma incontida paixão por tudo aquilo que diz respeito  a sua terra natal. Uma confraria de grandes entusiastas e admiradores de Aurora, em torno da qual se reúnem  para matar saudade, rever amigos, falar das coisas boas de outrora e de outras amenidades comezinhas que ficaram como que eternizadas no baú das memórias.

Boas estirpes, cujas raízes ancestrais de alguma maneira ainda se mantêm ligadas ao solo fértil e sagrado  do vale sul caririense.  Filhos e amigos de uma Aurora indelével, romântica e aprazível. Tão majestosa e bela qual imagem de uma donzela indígena-Kariri, ainda hoje a se banhar nas águas do Salgado – o rio mais doce do mundo.

De uma Aurora-passado prenhe de reminiscências  que nas lembranças de todos “eles” ainda permanece como dantes: Um tanto bucólica, calma e adolescente, desafiando com a sua paz  e calmaria a voracidade dos anos. Assim como toda a avidez de um tempo dito moderno assaz indvidualista e conflitante, como combustível  alimentando o atual esquecimento histórico.

AFA - Uma boa gente que através dos  anos aprendeu  amar sua terra também no pretérito.  E que  não aceitou simplesmente a horrível sensação  que a sociologia denominou de 'não-lugar'. A todos  imposta como uma sentença de granito pelo árduo e cruel cotidiano da grande  metrópole.

Eu estive lá e vi toda a dimensão da alegria fraternal estampada, em forma de sorrisos, nos semblantes de todos eles. Vi por assim dizer, a prática interessante da verdadeira arte do encontro  realizada naquele bonito evento organizado pela  grande colônia dos aurorenses residentes na capital cearense. O calor do contato humano como a desafiar toda a frieza das convenções da grande cidade.  Um congraçamento de amigos e de irmãos ligados  pelos laços inquebrantáveis de uma bela  e fantástica história chamada Aurora. Quase um lenitivo contra o artificialismo citadino. Puro refrigério para a alma e o espírito. Um mergulho efetivo e afetivo no tempo e no espaço.

Quase um grito uníssono de protesto ante as indelicadezas do mundo pós-moderno diante da sensação indizível  do eterno retorno. Um momento dos mais linsonjeiros e afirmativos proporcionado pela argamassa do otimismo cimentado pela sinergia de todos aqueles que amam  de verdade a terrinha do Menino Deus.

Uma pena, que muitos outros ainda  não se permitiram  se desvencilhar sequer um pouco da dura correria do dia a dia no sentido de,  vez por outra, também puderem compartilhar  destes instantes simples da vida e que por isso mesmo não têm preço. E por conseguinte, dada a força do sentimento afetivo e memorialista que carregam, poderíamos muito bem, chamá-los,  tão somente  de 'momentos eternos'.

Oh, Aurora como dói se estar tão longe! E o quanto é doce e maravilhoso falar dos anos idos em que felizes vivemos e adolescemos pelo tempo jubiloso fo teu passado...

Prof. José Cícero
Secretário de Cultura, Turismo e Esporte - 
Aurora/CE.


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Foto: 'Aurora Bucólica'(rio Salgado) M.Bittecourt/93- Arquivo JC



Enviado pelo Secretário de Cultura de Aurora, José Cícero

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