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terça-feira, 26 de maio de 2015

NOSSA HOMENAGEM AO ‘DIABO LOURO’ “QUANDO O CORISCO CAIU...”

Por Sálvio Siqueira

No dia 25 de maio de 1940, por volta das 17:30 horas, na localidade Brotas de Macaúbas, no Estado baiano, caia por terra o cangaceiro Corisco.

Tendo como nome verdadeiro Christino Gomes da Silva Cleto, o temível cangaceiro Corisco, na data acima citada, deixava, para sempre, as veredas das quebradas do Sertão nordestino.

Natural de Matinha de Água Branca, localizada nas Alagoas, nasceu aos 10 dias de agosto de 1907. Tendo como pais o Sr. “Manuel Anacleto e Dona Firmina Maria” - Segundo comprovação no atestado de óbito pescada no acervo do pesquisador Ivanildo Alves da Silveira. Ou Sr. “Manuel Gomes da Silva e Dona Firmina Cleto” - Segundo a pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco Semira Adler Vainsencher, ‘pescado’ no site do citado órgão.

Em 1926, torna-se cangaceiro e passa a fazer parte do grupo do cangaceiro Lampião, Virgolino Ferreira da Silva.

Em certa data, rapta uma menina/moça com 13 anos de idade, Sérgia Ribeiro da Silva, que, segundo historiadores, descende dos índios Pankarerés. Ela, sem saber ler nem escrever, ‘Ele’ a ensina, além de deixá-la apta no manejo das armas. Mais tarde, ela torna-se a cangaceira Dadá, única dentre todas as cangaceiras dos sub grupos que formavam o “bando de Lampião”, a combater com armas de fogo, as forças volantes, no semi-árido bioma da caatinga. Apesar de ter sido arrancada do lar paterno, Dadá passa a amar Corisco. Corisco ‘caiu de quatro’ por ela e, tomando-a por sua eterna companheira, permanecem um ao lado do outro até sua morte.


O tenente Zé Rufino( Zé de Rufina, creio, pois sua mãe chamava-se Rufina), maior matador de cangaceiros, saiu no ‘faro’ do casal de cangaceiros, Corisco e Dadá, depois de ter sido informado pelo Sr. José Antônio Pacheco, alguns relatam que essa informação Pacheco ‘passou inocentemente’, filho do dono da fazenda em que estavam ‘arranchados’.

José Antonio Pacheco filho do Sr. José de Sousa Pacheco

Corisco não tinha condições de se defender, pois perdera o movimento, ou parte dele, dos braços, após um combate com o soldado volante Torquato no início do mesmo ano, 1940, o qual com um único tiro, consegue a façanha de ferir seus membros superiores.

Há uma grande incógnita, para mim particularmente, quando ler-se que o tenente Zé de Rufina, ordena Corisco a depor as armas e se entregar... Como deporia as armas, se não havia como colocá-las em posição de combate?

Fotos portaldocangaco.blogspot.com
Grupo de estudos 'Lampião, cangaço e Nordeste'
Grupo de estudos ' O Cangaço'

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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