Por Manoel Severo Barbosa
A cada nova edição do Cariri Cangaço novas emoções afloram e laços de harmonia,
fraternidade e confiança mútua se consolidam no desafio da construção de nossa
verdadeira história. No estado de Alagoas no grande Cariri Cangaço Piranhas
2016 não foi diferente. Água Branca que realizava seu primeiro Cariri Cangaço,
abriu não só as portas da cidade ou da magnânima Matriz de Nossa Senhora da
Conceição, ou da Extraordinária Casa da Baronesa Siqueira Torres; Água Branca
abriu seu coração.
Por toda sexta-feira, dia 29 de julho, andando por entre as ruas de um casario
invejável, cheio de memória, história e tradição, olhando a arte a se
manifestar em praça pública e apresentações cheias de dedicação e amor, olhando
nos olhos e vendo o sorriso das pessoas... Ah, isso não tem preço, levaremos
Água Branca em nosso coração, sem dúvidas esse foi o primeiro de muitos Cariri
Cangaço na bela serra alagoana.
O Brasil do Oiapoque ao Chui marcou e confirmou presença em nosso Cariri Cangaço Piranhas e Água Branca; amigos vaqueiros da história de todos os cantos e recantos do país nos permitiram compartilhar o aconchego e hospitalidade alagoana. Em Água Branca, como em todas as cidades por onde temos passado a receptividade foi além de nossa expectativa e merecimento, sem dúvidas a generosidade daquele bom povo ficou a mostra, e aí a emoção pontuou cada momento de nossa visita.
Abraçando o grande e abnegado Edvaldo Feitosa e a querida prefeita Albani Sandes Gomes, traduzimos toda nossa gratidão por momentos tão especiais, onde além de voltarmos no tempo, aprofundarmo-nos nas memórias do lugar, cercados de belezas por todos os cantos, ainda sentimos forte o pulsar da alma nordestina em Água Branca.
A apresentação dos índios Kalankó, se traduziu numa demonstração da grande força de nossa raiz, os Kalankó sob a chefia do Cacife Paulo e do Pajé Pedro pareciam nos abraçar a cada um a partir da dança, do canto e do olhar. Os Kalankó hoje se resumem a cerca de 390 índios em 54 famílias que vivem no município de Água Branca, em Lageiro do Couro. Sensacional !
A Matriz de Nossa Senhora da Conceição parecia abençoar o grande encontro: Pela primeira vez os vaqueiros da história, a família Cariri Cangaço chegava a Água Branca. O canto forte e grave dos Kalankó deram passagem ao Forró Pé de Serra e ao Xaxado, típicos da alma nordestina, sem falar no bordado, no artesanato, nas comidas típicas, a isso chamo Cariri Cangaço Água Branca.
Manoel Severo Barbosa
Cariri Cangaço Água Branca
29 de Julho de 2016
Água Branca,
http://cariricangaco.blogspot.com.br/2016/08/a-alma-do-brasil-se-encontra-em-agua.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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