A vaidade era uma das características mais marcantes de Lampião, seu chapéu adornado de estrelas, o lenço vermelho sempre no pescoço, os punhais À mostra e o bornal - bolsa adornada com motivos florais. fizeram de sua figura algo indissociável do seu nome e as imagens em preto e branco o ajudaram a tornar-se um mito. Ele também é um dos personagens do início do século passado do qual mais se percebe a existência de uma documentação fotográfica a respeito, especialmente se levarmos em conta a sua vida nômade e a pobreza da região em que vivia.
Lampião parece ter sido um dos primeiros a tomar consciência da fotografia como forma de divulgação, posando sempre com porte de vencedor e encabeçando o bando. A maioria das fotos da época são anônimas, há muito os créditos, elas se tornaram de domínio público e suas origens se mesclam ao folclore próprio da lenda, excetuando-se as atribuídas ao fotógrafo e cinegrafista Benjamin Abraão Botto, imigrante libanês que mais tarde inspiraria o roteiro do filme "Baile Perfumado".
Ele frequentou frequentou com grande intimidade o ambiente do coito - esconderijo no qual os cangaceiros se atocaiavam - tendo sido o único a realizar um filme sobre o bando.
Paulo Gastão
"Ele foi o homem que deu as condições para que hoje se conheça o que foi o comportamento dos cangaceiro no coito", explica Paulo Gastão.
A forna cono Lampião usava a mídia a seu favor também impressionou a acadêmica da Sorbonne Élise Gruspan, que recentemente destacou-se ganhando o prêmio de melhor tese, concedido pelo jornal "Le Monde" e pela imprensa universitária Francesa.
Ela declarou espantada pelo requinte cinematográfico das fotografias, citando em especial a celebre exposição das cabeças cortadas.
Fonte: Gazeta do Oeste
Cidade: Mossoró Rio Grande do Norte
Data: 20 de janeiro de 2002
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Este jornal foi a mim presenteado pelo pesquisador do cangaço e sócio da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço Francisco das Nascimento (Chagas Nascimento)
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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