Por João Martins
Lampião era
uma figura máscula e fascinante. Tinha a personalidade e o magnetismo de um
verdadeiro chefe. No contato pessoal, era um homem simples e amável, dedicado a
todos da sua família. Ele se tornou um “fora-da-lei” por força das
circunstâncias.
José Ferreira da Silva pai de Lampião - Foto redesenhada por Diin Laden
O seu pai, que era um homem bom e pacato, sofreu perseguições
sem conta, por questões políticas, e teve de mudar com toda a família, várias vezes,
abandonando as suas terras, o que, para um sertanejo, é o pior castigo. Por fim,
tendo ido viver em outro Estado, Alagoas, nem mesmo assim pôde ficar em paz.
Foi assassinado pela Polícia.
Maria Sulena da Purificação mãe de Lampião - Foto redesenhada por Diin Laden
A mãe de
Lampião morrera poucos dias antes, também em consequência da perseguição que
lhes era movida. Diante disso, Virgolino tornou-se Lampião. Não tinha para quem
apelar, não tinha a quem pedir justiça. Resolveu fazer justiça pelas próprias
mãos e não pôde mais parar.
Ele foi um
produto do meio e das condições sociais da época. Não era um tarado, um
assassino nato, um lombrosiano. Uma vez morto, à traição, envenenado, pois não
é verdade que tenha morrido em combate ou que tenha sido pegado desprevenido,
tanto ele quanto Maria Bonita foram decapitados, como se sabe.
http://www.memoriaviva.com.br/ocruzeiro/06061959/060659_2.htm
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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