Por Ignácio
Tavares de Araújo
Ignácio
Tavares de Araújo e a bióloga Paloma Tavares de Araújo
Na segunda
metade do século XVIII quando surgiu na Inglaterra o primeiro protótipo de
força motriz movida a vapor despontou no horizonte a era da revolução
industrial moderna. Surgiram novas formas de empregos até então desconhecidos,
porquanto os empregos tradicionais deixaram de existir. Isso mesmo, o advento
da locomotiva movida a vapor permitiu o avanço dos transportes de massa, o que
tirou de circulação as velhas diligencias, cuja consequência foi os desempregos
de milhares de condutores na Europa e nos Estados Unidos. Este é apenas um
exemplo para entender a revolução nas formas de geração de empregos em razão do
primeiro ciclo globalizante de produção de manufaturas e prestação de serviços.
O fenômeno da globalização continuou porem de forma lenta e gradual a ponto de
não ser tão visível o quanto é hoje. Acontece que uma grande revolução estava
em marcha ao lado da política de liberalização econômica que as grandes e
medias economias industrializadas do mundo adotaram a partir do final do século
passado, com mais ênfase na primeira década do presente milênio. Estou a me
referir a tecnologia da informação que simplificou as relações comerciais entre
as nações; Por outro lado a mobilidade do trabalho e do capital permitiu que
trabalhadores qualificados buscassem oportunidades de bons empregos em qualquer
parte do mundo. Da mesma forma, permitiu que empresas; produtoras de
mercadorias de elevado valor agregado se estabelecessem em países onde os
impostos fossem menos onerosos às suas cadeias produtivas. Essa movimentação em
escala mundial resultou em desemprego, por conseguinte diminuição na renda média
dos assalariados, principalmente nos Estado Unidos onde algumas grandes
empresas migraram - em buscas de vantagens - para outros países considerados emergentes.
Está é uma das razões pela qual o novo presidente da América pretende fechar a
economia sob a alegação de que pretende recuperar os bons empregos perdidos nas
últimas décadas. É verdade que a globalização diminuiu a renda média nos países
mais ricos, mas em compensação criou condições para a inserção de milhões de
trabalhadores no mercado formal de trabalho em todos recantos do mundo. Isso
mesmo a linha de pobreza que excluía alguns bilhões de pessoas em idade
produtiva foi minimizada conforme as últimas estatísticas da ONU cujos números
revelam que exército de famélicos no mundo foi reduzido a cerca de 800 milhões
de pessoas. Isso mesmo, a globalização tem sido péssima para os ricos, mas até
certo ponto está sendo generosa com os pobres porque está a provocar uma
redistribuição de renda em escala mundial, não obstante cerca de duzentas
pessoas consideradas as mais ricas do mundo serem donas de uma parcela
significativa da riqueza mundial...
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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