Por Rita de Cássia
Rocha (1) - José Romero
Araújo Cardoso (2)
Herdamos a ideia da casa de farinha dos índios tapuias, os quais haviam
introduzido o produto na alimentação há mais de quatro mil anos antes da
chegada do colonizador português.
Faz-se necessário ressaltar que o processo de fabricação da farinha de mandioca
que nós ainda usamos hoje é bem diferente do que os indígenas usavam, pois era
caracterizado pelo primitivismo de sua elaboração.
Por exemplo, os povos pré-cabralinos não tinham o ralador, ou
catitiu, tendo em vista que não conheciam o ferro, beneficiado através de
técnicas metalúrgicas. Os nativos pegavam a mandioca, colocavam dentro d’ água
para pubar, depois quando a mandioca estava amolecida eles passavam em uma
arupemba, depois colocavam para secar e espremiam aquela massa em um tipiti,
pois também não tinham a prensa.
Duas inovações tecnológicas os colonizadores
portugueses introduziram no processo de produção de farinha. A primeira foi o
ralador e o outro foi a prensa. Desenvolveram a prensa para secar a massa da
mandioca, tendo em vista que necessitavam de máquina que compactasse de forma
mais intensa a manipueira para fazer escorrer todo, ou quase todo, o ácido
cianídrico contido na massa de mandioca ralada no catitu.
Rita de Cássia
Rocha (1) – Discente do Curso de Licenciatura em Geografia do Campus Central da
UERN.
José Romero
Araújo Cardoso (2) - Geógrafo (UFPB). Escritor. Professor-adjunto do
Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Especialista em Geografia e
Gestão Territorial (UFPB) e em Organização de Arquivos (UFPB). Mestre em
Desenvolvimento e Meio Ambiente (UERN). Membro do Instituto Cultural do Oeste
Potiguar (ICOP), da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC) e da Associação
dos Escritores Mossoroenses (ASCRIM)
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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