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domingo, 25 de junho de 2017

SABINO CANGACEIRO: QUEM FOI O HOMEM QUE ATACOU CAJAZEIRAS

Por Cajazeiras de Amor

Sabino Gomes de Góis, alusivamente conhecido com “Sabino das Abóboras” nasceu na Fazenda Abóbora, localizada na zona rural do município de Serra Talhada/PE, próximo a fronteira com a Paraíba pertencente ao respeitado coronel Marçal Florentino Diniz pai de Marcolino Pereira Diniz. No local eram criadas grandes quantidades de cabeças de gado, havia vastas plantações de algodão, engenho de rapadura e se produziam muitas outras coisas que geravam recursos. Também existem dois riachos, denominados Abóbora e da Lage, que abastecem de forma positiva a gleba.

Sabino era filho da união não oficial entre o coronel Marçal Florentino Diniz e uma cozinheira da propriedade. Consta que ele trabalhou primeiramente como tangedor de gado, o que certamente lhe valeu um bom conhecimento geográfico da região. Valente, Sabino foi designado comissário (uma espécie de representante da lei) na circunvizinhança da fazenda Abóbora.

Para alguns estudiosos do cangaço teria sido Sabino que coordenou a vinda do debilitado Lampião para ser tratado pelos médicos José Lúcio Cordeiro de Lima e Severino Diniz. E que amizade entre o “Lampião” e o filho bastardo de Maçal Diniz, teria nascida na Fazenda Abóbora e se consolidado a ponto deste último se juntar ao “Rei do Cangaço” e seu bando, em uma posição de destaque, no famoso ataque de cinco dias ao Rio Grande do Norte, ocorrido em junho de 1927. Asseguram também que a inserção de Sabino no cangaço se deu em razão do assassinato de um primo legitimo seu de nome Josino Paulo surdo-mudo, morto por Clementino Quelé – conhecido por tamanduá vermelho, nas pilhérias do cangaço.

Entre 1921 e 1922, acompanhou seu meio irmão Marcolino para Cajazeiras. Marcolino Pereira Diniz desfrutava de muito prestígio político. Era presidente de clube social, dono de uma casa comercial e do jornal “O Rebate”. Tinha franca convivência com a elite cajazeirense. Sabino por sua vez era guarda costas de Marcolino e andava ostensivamente armado. Nesta época Sabino passou a realizar nas horas vagas, com um pequeno grupo de homens, pilhagens nas propriedades da região.

Foi através do Cel. Marcolino, que Sabino trouxe para residir na cidade sua mãe Maria Paula – carinhosamente chamada pelas pessoas de Vó e suas quatros filhas: Maria, Geni, Alaíde – Nazinha e Maria de Lourdes – Delouza.

Poucos cangaceiros foram tão cultivados, fora o chefe Lampião, do que Sabino Gomes, cuja presença no cangaço a cultura popular se encarregou de perpetuar, a exemplo da trova divulgada pelas banda do sertão, a qual dizia: “lá vem Sabino mais Lampião, Chapéu quebrado, fuzil na mão”.



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