O Fórum de
Chefes de Departamento e Coordenadores de Cursos da UERN vem a público
REPUDIAR, veementemente, a forma como professores e professoras da UERN,
servidoras e servidores da Saúde, bem como estudantes, foram agredida/os com
bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta pela Polícia Militar do Rio
Grande do Norte, no episódio da desocupação da SEPLAN, no início da noite de 24
de novembro.
As servidoras
e os servidores e estudantes em questão não são bandida/o/s raivosa/o/s, mas
cidadãs e cidadãos no exercício de seu direito de manifestação, que ocuparam a
Secretaria de Planejamento depois de 10 dias de acampamento ao lado da
Governadoria, sob condições precárias, sem autorização do uso dos banheiros dos
prédios (precisaram usar banheiros químicos) e com forte sofrimento
psicológico. Após esse tempo, nem o governador tampouco seus representantes
apresentaram qualquer proposta de pagamento dos salários atrasados, bem como
não disponibilizaram um calendário para os meses subsequentes. Portanto, é o
governo estadual que está em débito com a sociedade e com a legalidade, não
servidora/e/s e estudantes que ocuparam pacificamente a SEPLAN.
Em uma outra
vertente, mostra-se REPUGNANTE o comportamento do juiz Bruno Lacerda Bezerra
Fernandes, que de forma indiferente à situação de penúria financeira das
servidoras e dos servidores estaduais determinou a imediata desocupação, com
imposição de pesadas multas aos sindicatos, em caso de resistência, “sem
prejuízo de uso da força policial”. O comportamento do magistrado mostra-se
repugnante pelo fato de poucos dias antes ele ter recebido um IMORAL
auxílio-moradia retroativo, no montante total de R$ 194.137,91 (ver links
abaixo), auxílio que seria aceitável se pago a servidoras e servidores de baixa
renda, jamais a uma das castas mais bem remuneradas do Serviço Público
brasileiro.
Em outras
palavras, o juiz agiu acomodado na seguinte situação: o salário dele está em
dia mensalmente, por causa dos duodécimos constitucionais obrigatórios
transferidos ao Poder Judiciário; acabou de receber mais de 200
salários-mínimos em auxílio-moradia retroativo, mas não levou em consideração
que servidoras e servidores do Poder Executivo estejam com quase dois meses de
salários atrasados, sem poder custear sua subsistência. Isso é que há de mais
escandaloso.
Este Fórum
conclama a sociedade potiguar a refletir e construir juízos de valor e
manifestações acerca desse lamentável episódio.
Mossoró, 26 de
novembro de 2017.
Link da Folha
Suplementar 1: https://goo.gl/95sTc7
Link da Folha Suplementar 2: https://goo.gl/UcJWt9
Link da Folha Suplementar 2: https://goo.gl/UcJWt9
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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