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sábado, 18 de novembro de 2017

O TESOURO DO REI DO CANGAÇO

Por Ruy Lima

Assim como os piratas, os vikings e outros salteadores históricos e lendários, Lampião também escondia os produtos de suas pilhagens, como dinheiro, joias, etc., em locais secretos. Hoje em dia alguns escondiam fortunas em apartamento, e até na cueca. 

Segundo o Padre Frederico Bezerra Maciel, no volume III da sua obra “Lampião, Seu Tempo e Seu Reinado”, após tremenda decepção que teve Lampião de sus ex-amigo e ex-protetor, o Coronel José Pereira de Lima (Zé Pereira de Princesa), “homem perverso, falso e desonesto” que, para se apoderar do dinheiro que o cangaceiro lhe confiava a guarda, o “traiu miseravelmente”, Lampião jamais quis outro depositário. 

Seu dinheiro e joias, um verdadeiro tesouro, ele enterrou em vários pontos do sertão. Num couro de gato maracajá traçou, com o bico de uma sovela aquecida, um mapa enigmático ou cifrado e só por ele decifrável, indicando os locais das botijas. Quem olhasse para o mapa julgava ver qualquer coisa referente à música, pois, nos pontos das botijas escrevera Lampião, em letra maiúscula, de fôrma, o nome de cada uma das notas musicais: DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI. Era o que ele chamava “Mapa das Sete Notas”. Como sanfoneiro, ele conhecia as notas musicais.

Entre as notas havia linhas traçadas em retas e curvas, talvez mostrando caminhos; diferentes desenhos de árvores, serras, pedras e outras coisas incompreensíveis; além de infinidade de letras soltas, sem formar palavras, e de números cabalísticos, alguns de cabeça para baixo, talvez indicando posições, distâncias e medidas.

A botija “DÓ” situava-se na região lindeira entre Pernambuco e Alagoas. A botija “RÉ” encontrava-se na região de Triunfo-PE. A botija “MI” estava enterrada numa área da Fazenda Serra do Poço, no Ceará, do seu amigo o Major Firmino Inácio de Barros. A botija “FÁ” também estava no Ceará. A botija “Sol”, estava enterrada no lugar Campestre, perto da serra do Catolé, município de Belmonte-PE. A botija “LÁ” estava enterrada nas imediações de Santa Cruz do Deserto, Mata Grande-AL. A botija “SI” estava escondida na serra do Umã, Carnaubeira da Penha-PE. (Lampião, Seu Tempo e Seu Reinado, vol. III, 2ª edição, 1988, Vozes - Frederico Bezerra Maciel).

Fotomontagem: Ruy Lima, com base em foto de Lampião tirada por Benjamin Abrahão Botto.

Será que Lampião esvaziou totalmente as botijas? Será que existiam outras? 

Em 2007, dois “caçadores de tesouro” amadores ingleses, pai e filho, encontraram um tesouro deixado pelo Vikings. Estima-se que o tesouro tenha ficado enterrado por mais de mil anos.

O tesouro foi descoberto com um detector de metais em um campo de Harrogate, Nort Yorkshire, Inglaterra e foi vendido a um museu de Londres por cerca de um milhão de libras.

Pai e filho ficaram milionários de um dia para o outro.

Quando eu me aposentar de fato for fazer umas caçadinhas aos tesouros de Lampião. Topa a parada, Prof. Geziel?

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