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quinta-feira, 26 de abril de 2018

PASSAGEM DE LAMPIÃO EM PORTO DA FOLHA


Pedro Canuto de Oliveira (Pedro de Anete) – Filho de Manoel Alves de Oliveira e Ana Josefa de Oliveira, nasceu em 11 de novembro de 1909, e falecido em 2005 com 96 anos de idade, natural de Porto de Folha/SE, relata que em 1929, Lampião atravessou de Alagoas para Bahia e se alojou no Raso da Catarina, depois em 1930 ele desceu para o Estado de Sergipe, passou em Poço Redondo, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora da Glória, Porto da Folha, etc. Em 1931 a 1932 a Força Armada começou a perseguir, então Lampião deixou de entrar nas cidades.

Quando veio da Bahia, Lampião trouxe Maria Bonita e ela teve uma criança por nome Expedita no município de Poço Redondo, então Lampião disse para Maria “essa menina é preciso dá fim”. Aí chegaram na fazenda Enxu e ofereceram a menina ao velho Severo e a esposa Dona Aurora, depois saiu, e construiu um barraco na caatinga, e de vez em quando, mandava buscar a menina e passavam oito dias com ela a devolvia.

Um cangaceiro por nome Mariano começou a passar também neste local e a Força Armada. Então o velho Severo disse a Lampião:

- Vou me mudar deste lugar, porque Mariano e a Força estão me judiando.

- Lampião respondeu:

- Não se mude. Ele não vem mais aqui lhe incomodar”. 

Chamou o sargento José Rufino, da Bahia, e deu muito dinheiro e mandou matar Mariano na fazenda Cangaleixo, município de Gararu, nesse local morreu, Mariano, pai velho e Zé Pelinho.

Trouxeram a cabeça dos três para Porto da Folha e puseram na prefeitura num caixão para todo mundo ver, e assim iam levando a vida.

Só que o tenente Bezerra de Alagoas recebeu uma ordem rígida para dá fim em Lampião. Então o tenente chamou Pedro Cândido e disse acerte uma noite em que todos estejam juntos que nós fechamos o cerco, esse local era chamado de quartel general, onde os chefes de grupos prestavam conta com Lampião todo fim de mês, então o capataz Pedro Cândido atravessou o rio, foi até ao povoação de Piranhas e disse: tenente está na hora, portanto o Tenente tomou a canoa com sua força e desceu em procura do local, por cinco horas ele circulou, fechou o cerco e esperou a hora certa de atacar.

No entanto, Lampião levantou com sua turma e foi escovar os dentes, aí começou o tiroteio, justamente sem a turma de lampião esperar, neste combate morreram onze cangaceiros, sendo nove homens e duas mulheres, incluindo Lampião e Maria Bonita. 

Portanto, Lampião foi morto aos 28 de julho de 1938, na gruta do Angico, deste município, hoje município de Poço Redondo/SE.

Fonte: Livro Porto da Folha: Terra de Buraqueiros
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