Ao chegar à
fazenda Desterro, na margem do rio Jacurici, Lampião e seu bando encontrou o
vaqueiro chamado de Zezinho do Licuri Torto. Ao saber que ele trabalhava para o
Coronel Aristides, pessoa importante na cidade de Itiúba, imediatamente
redigiu um bilhete que dizia: "Coronel Aristides mande-me três contos de
réis de que preciso para pagar meus coiteiros. Necessito desse dinheiro. Não
bulo com seus animais, nem com suas fazendas. Mande hoje mesmo. Capitão
Virgulino, o Lampião". Mandou, então, o Zezinho do Licuri Torto levar a
correspondência imediatamente ao Coronel.
Ao receber o bilhete de Lampião o Coronel convocou as autoridades locais e, após uma rápida reunião, eles resolveram armar o povo, principalmente os negociantes, soldados, contratados e voluntários, para defender o município. O Coronel não deixou o vaqueiro voltar à fazenda, com medo de Lampião trucidá-lo ao saber que não receberia dinheiro algum. O grupo, composto de cento e poucos homens armados, dirigiu-se à Calçada de Pedra, principal entrada/saída da cidade. Fizeram trincheiras e ficaram esperando a invasão dos cangaceiros. Lampião não apareceu e nunca atacou a cidade. Como Itiúba fica entre serras, com apenas duas entradas/saídas, dizem que Lampião ao desistir falou: "- Itiúba dessa vez você escapa. Não vamos entrar nesse caldeirão, hoje não".
Dois anos depois, em 1931, o cangaceiro passou nas proximidades da cidade, na fazenda Campinhos, porém, não atacou Itiúba que, mais uma vez, estava prevenida até com homens valentes contratados nos municípios de Paulo Afonso, Chorrochó, Campo Formoso e Canudos.
(Este texto
foi escrito com base no depoimento do Sr. Robério Azeredo, que era menino na
época).
Foto: fonte.
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