Por José Mendes Pereira
Querer possuir algo é um desejo de todos. Um quer um carro novo, outros querem casas, barcos, armas, dinheiro suficiente para satisfazerem os seus desejos, outro, avião e tudo mais, outro, uma biblioteca negrejando com livros de todos os assuntos..., e assim, caminha a humanidade. Cada um de nós com gosto diferente, e vai levando a vida, e com isso, se sente realizado com o que adquiriu quando sonhava em possuí-lo. Mas muitos desejos são realizados, e de repente rolam de ladeira abaixo, e às vezes, nem se sabe o porquê do bruto acontecimento com o sonho concretizado.
Foi o que aconteceu com os gêmeos Francisco das Chagas do Nascimento e Francisco de Assis do Nascimento, ambos aposentados do Banco do Brasil, pesquisadores do cangaço, Padre Cícero e outros temas. Os Irmãos que são donos de boas condições financeiras adquiridas com os seus trabalhos e competências, queriam criar um acervo de livros com temas variados, e o que queriam, deu certo e fundaram o acervo. Fizeram o que bem puderam.
Os manos unidos compraram uma propriedade e através da sociedade entre eles construíram um prédio, mobiliaram o ambiente com estantes e livros, mesas e cadeiras para os visitantes, uniformes e chapéus apropriados de facínoras do cangaço, principalmente para aqueles que gostam também do tema, ou dos temas, terem a oportunidade de se vestirem em trajes de Padre Cícero Romão Batista, ou a gosto, de cangaceiros, vestidos de Lampião, Maria Bonita, Corisco, Dadá, o Zé Sereno, ou com roupas lembrando outros cangaceiros qualquer, e ali, fazerem as suas fotos de acordo com os seus desejos. O lugar do acervo era distante de Mossoró, mais ou menos 15 quilômetros, estrada que leva até a cidade de Tibau.
Tibau já pertenceu à Mossoró com uma distância de 33 min (38,0 km) via BR-304 e RN-013. Esta localizado na extremidade setentrional do Estado do Rio Grande do Norte. Pertencente ao Polo Costa Branca, à Mesorregião do Oeste Potiguar e à Microrregião de Mossoró, localiza-se a noroeste de Natal, capital do Estado, distando desta 323 quilômetros. Ocupa uma área de 169,237 km², e sua população estimada em 2015 era de 4 019 habitantes. Mas vale lembrar ao leitor que há uma variação enorme de pessoas, porque Tibau diariamente recebe muitos mossoroenses, e nos finais se semana não se tem nem ideia quantas pessoas ocupam aquela área de terras.
Digo ao leitor que por 2 vezes eu visitei aquele excelente acervo através do meu filho José Mendes Pereira Filho, que também é funcionário do Banco do Brasil de Mossoró, e por ter boas amizades com os manos por terem trabalhados juntos, fui convidado por ele para irmos juntos fazermos uma visita ao acervo dos gêmeos.
Um acervo com uma grande quantidade de livros colocada nas estantes (muitos livros), e nele, foram feitos muitos gastos, porque qualquer um colecionador, seja qual for o assunto, ele não tem dó do seu bolso, o que ele quer, é possuir em quantidades em sua ou suas estantes, livros que guardam importantes histórias culturais, registros sobre o tema ou os temas que ele gosta de estudar.
Vi também uma bolsa feita pela cangaceira Sila, e que foi doada aos irmãos em uma das suas visitas que fez à Mossoró. Vi também pedaços de tijolos da casa do fazendeiro Zé Saturnino, o maior inimigo de Virgolino Ferreira da Silva o rei do cangaço capitão Lampião. Vi várias fotos de cangaceiros, vi punhais, armas brancas...
Segundo o pesquisador Chagas Nascimento me contou em 2016, à noite, em seu apartamento, localizado no bairro Nova Betânia em Mossoró, que infelizmente, em 2015, (não disponho do dia e do mês) os irmãos ao chegarem ao prédio, que antes só tinham prazeres, viram o seu amado acervo todo queimado, os montes de livros estavam em cinzas, portas, estantes, paredes e tudo mais. O que tinha de madeira foi tudo atingido. O pior é que ninguém soube quem praticou aquela maldade contra um patrimônio que era propriedade dos gêmeos, e também propriedade de todos os mossoroenses, mesmo sendo um acervo particular, organizado com o dinheiro dos irmãos gêmeos, porque os seus desejos, lógico, claro, com certeza, iriam um dia abrir as postas para quem quisesse fazer visitas para conhecê-lo.
Hoje, os irmãos gêmeos perderam o gosto e não pensam mais começar tudo de novo, isto é, de organizar um novo acervo sobre cangaço..., para uma outra história, porque o que fizeram, foi uma maldade sem tamanha. Tudo que pertence a gente é bem amado, mas uma das coisas que aquele que gosta de ler, e que tem manias de ler, o que mais ama é uma biblioteca cheia de conhecimentos e sabedoria.
Infelizmente, o livro não fala, porque ele é mudo. O livro não ouve, porque ele é surdo. O livro não vê, porque ele é cego. O livro não discute, porque ele se acomoda e se adapta em qualquer lugar do universo com o ser humano. O livro não odeia, porque ele além de ser generoso, é o mais sábio do nosso planeta. O livro não reclama, porque ele concorda com tudo e com todos. O livro guarda com muito cuidado e carinho as histórias da humanidade, de um povo, de uma nação.
Parabéns
para o livro!
Parabéns
por você se preocupar com as nações mundiais de todo o universo, registrando todos os fatos que acontecem no dia a dia com a humanidade. Você é para ser homenageado, muito embora, simbolicamente!
Minhas Simples Histórias
Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.
ALERTA AO LEITOR E LEITORA!
Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas, desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional, você poderá ser vítima. As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão. Você pode não conduzir arma, mas o outro, quem sabe! Carregará consigo uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.
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