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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Morte de Mariano - Por José Mendes Pereira



Diz o escritor e pesquisador do cangaço Ivanildo Alves da Silveira, que o cangaceiro Mariano Laurindo Granja nasceu em 1898, em Afogados da Ingazeira, no Estado de Pernambuco, e faleceu no dia 10 de outubro de 1936, entre os municípios de Porto da Folha e Garuru, sendo esta região conhecida como Cangaleixo.

Mariano Laurindo Granja

                Era genro do vaqueiro Lé Soares, sendo ele companheiro de Rosinha, irmã da cangaceira Adelaide. E segundo a pesquisadora do cangaço Juliana Pereira Ischiara, a companheira de Mariano, a Rosinha  foi morta a mando de Lampião. 
               Mariano era um facínora que não gostava de praticar morte quando não achava necessária. Tinha um respeito enorme com o seu chefe Lampião. Tinha habilidade para tocar gaita e dono de uma simpatia. Estava sempre com gestos risonhos.
Diz ainda o escritor Ivanildo Silveira que Mariano teve um fim doloroso, onde foi baleado e apunhalado várias vezes pelo soldado Severiano, vulgo, Bem-Te-Vi, que segundo ele estava  vingando  a morte do pai feita por Mariano.
Assim que o capturou,  apoderou-se do punhal e a mão subia e descia furando as carnes do assecla. Apunhalava-o com tanta ira, que quem assistiu ouviu o ranger da ponta do punhal atravessando as carnes e os nervos da vítima, saindo do outro lado do corpo, fincando-se na terra seca.
Jamais um homem matou com tanta ira um bandido. Os dedos do assecla tentavam afastar dos olhos a pasta de sangue que cobria a sua visão. A cabeleira derramava um líquido formado de suor e sangue. O seu corpo todo era um vermelhão só. O corpo estava totalmente aberto, pelos profundos golpes aplicados pelo o policial. Era a vingança do Bem-Te-Vi. Zé Rufino apenas assistia a violência de seu comandado, sem dizer uma única palavra. Passado alguns minutos, Zé Rufino disse-lhe: “- Tenha cuidado com a cabeça que eu preciso dela”.

Da esquerda para à direita: Bem-Te-Vi e Zé Rufino

Os dois tinham certeza de que o assecla já havia morrido. Enganaram-se totalmente! Mariano continuava vivo.  E num momento, o assecla tentou se levantar do chão, todo coberto por um enorme manto de sangue vivo e escarlate. Era horroroso de se ver o seu estado.
O vingador quando viu o cangaceiro tentando apoiar-se para se levantar, mesmo com o corpo todo aberto pelas punhaladas aplicadas por ele, engatilhou a arma e encostando-a no peito do assassino do seu pai, preparou-se para dar o último tiro de misericórdia.
Foram dados tiros à queima-roupa, perfurando o corpo do bandoleiro, que já era uma verdadeira peneira de britador.  Agora sim, o bandido, finalmente chegou ao fim. Sem mais tentativa, findou a vida do chefe de subgrupo de Lampião. Mariano fez muita falta ao bando, pois todos os companheiros gostavam bastante dele. Em fim, foi-se a vida de um querido aliado dos justiceiros injustos.
Até mesmo alguns que não eram cangaceiros, falavam bem do Mariano. Os remanescentes de Lampião disseram que Mariano era um dos que tinha mais humanidade. Afirmaram até que ele era incapaz de uma crueldade desnecessária contra seres humanos.
No meu entender, com tanta humanidade assim, Mariano estava no cangaço, por um respeito a Lampião, já que eram bastantes amigos. Teria sido ele mesmo o autor da morte do pai de Bem-Te-Vi?
Segundo disseram os companheiros aos repórteres: “-Mariano Laurindo Granja foi injustiçado”.

Fonte de Pesquisa:

A terrível morte do cangaceiro Mariano - Ivanildo Alves da Silveira.
Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angicos -  Alcindo Alves da Costa.






 
 

2 comentários:

  1. Anônimo01:58:00

    SOU CABO DA POLICIA MILITAR DO PARANÁ,MEU NOME É FRANCISCO CARLOS JORGE DE OLIVEIRA, E COMO JÁ CONTEI A VOCÊS SOBRE UM VELHINHO PERNAMBUCANO DA CABECEIRA DO RIO PAJEÚ,QUE MORA AQUI EM MINHA CIDADE O Sr. TENÓRIO,VOLTO A MENCIONAR MAIS UMA DE SUAS HISTÓRIAS,DESTA VEZ SOBRE O NOBRE CANGACEIRO MARIANO.NUMA TARDE TODO O BANDO DE LAMPIÃO EXAUSTOS, FAMINTOS E FERIDOS, ENCONTRAVA-SE ACANTONADOS ESCUSOS ENTRE ÁS FENDAS DAS GRANDES ROCHAS ÁS MARGENS DO RIO SÃO FRANCISCO,A ALGUMAS LÉGUAS ABAIXO DA CIDADE DE PIRANHAS,ISTO FOI APÓS UM VIOLENTO CONFRONTO COM A VOLANTE DE MASILOM FLOR NAQUELA REGIÃO HOSTIL E CHEIA DE SURPRESAS,HOUVE BAIXAS DE AMBOS OS LADOS E O NÚMERO DE FERIDOS ERA UMA SOMA CONSIDERÁVEL.O SOL PURPURA COMO UM BOLO DE SANGUE, PENDIA OBLÍQUO NO HORIZONTE VERMELHO, ENQUANTO UM CARA-CARÁ ATENTO OS OBSERVAVA IMPONENTE NO GALHO DE UM ANGICO.O TEMPO QUENTE E ABAFADO, JUNTO AO MORMAÇO QUE SUBIA DAS ÁGUAS DO VELHO CHICO QUE PAIRAVA SOBRE A COLINA DE PEDRAS, TRANSFORMAVA O REFÚGIO EM UMA VERDADEIRA FORNALHA.MEDO ALI NÃO HAVIA,MAS SIM CISMA, O SILÊNCIO ERA SEPULCRAL,AS GARÇAS REVOAVAM,E O NHAMBU TRISTONHO SAUDAVA O DIA QUE JÁ FINDOU,O BACURAU PARECIA LAMENTAR A SOLIDÃO, ENQUANTO A RASGA MORTALHA CRUZAVA AQUELE CÉU,A RETINTA NOITE ESCURA COBRIA O NORDESTE COM SEU VÉU.O SANGUE QUE FLUÍAM DAS FERIDAS SE MESCLAVAM COM O SUOR, BANHANDO O ROSTO E O CORPO ESGOTADO DOS CANGACEIROS,A ÁGUA QUASE ESCASSA QUE SAIA DAS PURUNGAS,DESLISAVAM COMO NÉCTAR GOELA ABAIXO, ALGUNS GEMIAM EM SURDINA,OUTROS IGNORANDO A DOR ADORMECIAM E OS MAIS VALENTES PERMANECIAM PERVÍGIL EMBORA CANSADOS MAS VIGILANTES.O CANGACEIRO MARIANO ESTAVA FERIDO POR UM PROJÉTIL DEFORMADO QUE AO RICOCHETEAR EM UM LAJEDO O ATINGIU ABAIXO DA PANTORRILHA ESQUERDA, A LESÃO EMBORA SUPERFICIAL SANGRAVA MUITO,POIS HAVIA RASGADO O TECIDO UNS CINCO CENTÍMETROS,ERA SEMELHANTE A UM TALHO DE FACA.MARIANO ESTAVA PRÓXIMO A PAI VEIO E PEDIU A ELE UM POUCO DE ÁGUA MAS; ESTE RESPONDEU QUE NÃO TINHA POIS SUA CABAÇA HAVIA SIDO FURADA POR UM TIRO,PEDIU TAMBÉM AO JOVEM VOLTA SECA MAS ESTE VENCIDO PELO CANSAÇO,ESTAVA FERRADO NO SONO.A SEDE ERA INSUPORTÁVEL E MARIANO RESOLVEU DESCER ATÉ ÁS BARRANCAS DO GRANDE RIO PARA APANHAR UM POUCO D'ÁGUA, E ASSIM O FEZ MANCANDO E COM CAUTELA,LÁ CHEGANDO VIU QUE O TERRENO ERA TOTALMENTE DESCAMPADO ENTÃO ACABOU DE APROXIMAR RASTEJANDO, E PEGANDO SUA CABAÇA A SUBMERGIU NAS ÁGUAS FRESCAS DO RIO ENCHENDO O RECIPIENTE ATÉ TRANSBORDAR.APÓS SACIAR A INCRÍVEL SEDE,SENTOU-SE DEBAIXO DE UM PÉ DE INGÁ E QUANDO BANHAVA A FERIDA COM ÁGUA FRIA PARA AMENIZAR A DOR, SÚBITO ENCOSTA UMA CANOA E DESEMBARCA UMA MULHER BAIXA TODA VESTIDA DE BRANCO,QUE SEGUIU EM SUA DIREÇÃO,O CANGACEIRO ATÉ TENTOU SE MOVER, MAS SEU CORPO NÃO O ATENDEU, E ASSIM NESTE ESTADO DE TRANSE PERMANECEU MARIANO,A TAL SENHORA TIROU DE DENTRO DE SUA PATRONA DE COURO ALGUNS OBJETOS E COMEÇOU A TRATAR DO SEU FERIMENTO E AO MESMO TEMPO O ACONSELHAVA PARA QUE LARGASSE AQUELA VIDA CRIMINOSA,POR QUE ELE ERA UM HOMEM BOM E ALI NÃO ERA SEU LUGAR.ACABANDO ENTÃO DE OUVIR OS CONSELHOS DAQUELA VISÃO,ELE ADORMECEU.NO OUTRO DIA QUANDO SE DESPERTOU, PAI VÉIO LHE PERGUNTOU: CUMÉ CABRA!CADE SEU MACHUCADO? MARIANO OLHOU PARA O LOCAL DO FERIMENTO E SURPRESO SÓ VIU A CICATRIZ, E MESMO ASSIM NÃO RESPONDEU NADA. CAMINHANDO UM POUCO MAIS Á FRENTE, VIU ENTRE OS CHIQUE-CHIQUES, UMA MODESTA CRUZ DE MADEIRA BEM RUSTICA GRAVADO UM LETREIRO,ELE PEDIU A SEU AMIGO O CANGACEIRO JURITY QUE LESSE PARA ELE O QUE ESTAVA ESCRITO NAQUELA CRUZ, E O FACÍNORA DISSE: NESTE LUGAR MORREU AFOGADA A PARTEIRA JUVENTINA DE SANTANA, NAQUELE MOMENTO MARIANO COMPREENDEU TUDO O QUE HAVIA SE PASSADO COM ELE NAQUELA NOITE E ASSIM ELE FOI ATE PERTO DA TAL CRUZ E REZOU PELA ALMA DE SUA BENFEITORA,DEPOIS SE JUNTOU COM O RESTO DO BANDO PARA TOMAR CAFÉ E OUVIR OS PLANOS DO CAPITÃO VIRGULINO.POIS É CARO LEITOR! ESTA E MAIS UMA HISTORIA QUE CABE A VOCÊ ANALISAR.

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  2. 14/02/2013 Meu nome é Noel granja, meu pai contava muitas historias de um tio que ele tinha chamado Mariano porém nois não davamos credito,achavamos que era coisa da cabeça dele.Mais agora vendo a historia do mariano é igual a que ele contava. meu finado pai se chamava JOAQUIM LAURINDO GRANJA, so que pai não era e nunca foi cangaçeiro foi um homem de bem e um ótimo pai de familia. Achei a historia do Mariano muito triste.

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