"Olé mulher rendeira
Olé mulher rendar
Tu me ensina a fazer renda
Que eu te ensino a namorar"
Esses versos, quando soavam no sertão nordestino dos anos 20 e 30, podiam ser prenúncio de muito sangue, ou de muita festa.
Lampião e seu bando entravam nas vilas cantando. Se a população negasse o que queriam, dinheiro, comida, apoio, eles revidavam. Sequestravam crianças, incendiavam fazendas, matavam rebanhos, estupravam, assassinavam e torturavam. Se fossem atendidos, organizavam bailes e davam esmolas. Por isso, quando ouvia Mulher Rendeira, que aliás é de autoria de Lampião, a gente sertaneja oscilava entre o pavor e a curiosidade. Oi fugia ou ia espiar pelas frestas, para ver aquele cuja fama já fascinava o país.
Palavras de Lampião
"Tenho cometido violências e depredações, vingando-me dos que me perseguem. Costumo, porém, respeitar as famílias"
Fonte:
Revista Super Interessante
Ano: 11
Nº. 6
Junho de 1997
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