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domingo, 8 de abril de 2012

Lampião

ICCA e Sociedade do cangaço - Foto B. Abrahão / Inédito: uma das poucas  fotos que registraram Lampião costurando em uma de suas máquinas Singer, em 1936 

"Olé mulher rendeira
Olé mulher rendar 
Tu me ensina a fazer renda
Que eu te ensino a namorar"

Esses versos, quando soavam no sertão nordestino dos anos 20 e 30, podiam ser prenúncio  de muito sangue, ou de muita festa.

Lampião e seu bando entravam nas vilas cantando. Se a população negasse o que queriam, dinheiro, comida, apoio, eles revidavam. Sequestravam crianças, incendiavam fazendas, matavam rebanhos, estupravam, assassinavam e torturavam. Se fossem atendidos, organizavam bailes e davam esmolas. Por isso, quando ouvia Mulher Rendeira, que aliás é de autoria de Lampião, a gente sertaneja oscilava entre o pavor e a curiosidade. Oi fugia ou ia espiar pelas frestas, para ver  aquele cuja fama já fascinava o país.

Palavras de Lampião

"Tenho cometido violências e depredações, vingando-me dos que me perseguem. Costumo, porém, respeitar as famílias"

Fonte: 

Revista Super Interessante
Ano: 11 
Nº. 6
Junho de 1997

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