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domingo, 12 de abril de 2015

A MISSÃO DE GUERRA CONTRA LAMPIÃO QUE NUNCA ACONTECEU

Por Francisco Mallet Rodrigues

No primeiro semestre de 1931, o capitão do Exército Brasileiro Carlos Saldanha da Gama e Chevalier, piloto da Aviação Militar, decidiu criar uma expedição militar ao interior nordestino para caçar Lampião. A Missão Chevalier utilizaria aviões (ou mais provavelmente um único avião), radiocomunicação, aparato bélico moderno e uns mil soldados. 


A pretensa ação militar causou muito estardalhaço na imprensa e entre a população. Voluntários apareciam nas páginas dos jornais querendo pegar em armas para matar o “rei do cangaço”. O plano foi apresentado e encampado por Osvaldo Euclides de Sousa Aranha, então ministro da Justiça.


O inusitado plano encheu as páginas dos jornais cariocas. Durante os preparativos para a missão, Chevalier deu várias entrevistas e afirmou que levaria um cinegrafista que registraria em filme para a posteridade o combate derradeiro de Lampião. Porém, a data de início da missão foi sendo adiada. Anunciou-se que a partida seria logo depois do carnaval de 1931. O jornal O Globo chegou a sugerir uma festa de gala para a despedida. A partida foi adiada para Abril, mas, novamente, adiada. Enquanto esperava, Chevalier dava inúmeras entrevistas. Chegou a declarar que havia infiltrado dois espiões no grupo de Lampião, os quais deveriam revelar os esconderijos do bando de cangaceiros. Finalmente, a missão foi “provisoriamente paralisada por falta de verbas”. Cada estado deveria levar adiante o combate aos cangaceiros usando seus próprios recursos.

A Missão Chevalier jamais saiu do papel para a ação prática. O capitão se tornou motivo de piada, enquanto Lampião se tornava cada vez mais conhecido na Capital Federal.

Fonte: facebook
Página: Francisco Mallet Rodrigues

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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