Por Francisco
Mallet Rodrigues
No primeiro semestre de 1931, o capitão do Exército Brasileiro Carlos Saldanha da Gama e Chevalier, piloto da Aviação Militar, decidiu criar uma expedição militar ao interior nordestino para caçar Lampião. A Missão Chevalier utilizaria aviões (ou mais provavelmente um único avião), radiocomunicação, aparato bélico moderno e uns mil soldados.
A pretensa ação militar causou muito estardalhaço
na imprensa e entre a população. Voluntários apareciam nas páginas dos jornais
querendo pegar em armas para matar o “rei do cangaço”. O plano foi apresentado
e encampado por Osvaldo Euclides de Sousa Aranha, então ministro da Justiça.
O inusitado
plano encheu as páginas dos jornais cariocas. Durante os preparativos para a
missão, Chevalier deu várias entrevistas e afirmou que levaria um cinegrafista
que registraria em filme para a posteridade o combate derradeiro de Lampião. Porém,
a data de início da missão foi sendo adiada. Anunciou-se que a partida seria
logo depois do carnaval de 1931. O jornal O Globo chegou a sugerir uma festa de
gala para a despedida. A partida foi adiada para Abril, mas, novamente, adiada.
Enquanto esperava, Chevalier dava inúmeras entrevistas. Chegou a declarar que
havia infiltrado dois espiões no grupo de Lampião, os quais deveriam revelar os
esconderijos do bando de cangaceiros. Finalmente, a missão foi “provisoriamente
paralisada por falta de verbas”. Cada estado deveria levar adiante o combate
aos cangaceiros usando seus próprios recursos.
A Missão
Chevalier jamais saiu do papel para a ação prática. O capitão se tornou motivo
de piada, enquanto Lampião se tornava cada vez mais conhecido na Capital Federal.
Fonte: facebook
Página: Francisco
Mallet Rodrigues
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