Por Clerisvaldo B.
Chagas, 25 de julho de 2015 - Crônica Nº
1.458
“25.07.1938.
(Segunda-feira).
Chega José,
Sobrinho de Lampião, 17 anos, filho da irmã mais velha, Virtuosa. Viera de
Propriá, onde conversara com seu tio João Ferreira. Contou as perseguições à
família e que ele estava crescendo.
Lampião lembra a ele que há dois anos, seu
irmão mais novo e seu cunhado também haviam entrado no cangaço pelo mesmo
motivo, e que este era o 6º Ferreira.
José filho de Virtuosa e sobrinho de Lampião
Lampião e
Maria ajudam a José a armar a rede no grupo de Balão. Depois ele vai para o
cimo do morro das Imburanas.
O cangaceiro Balão - http://lampiaoaceso.blogspot.com
Lampião
encarrega Manoel Félix, coiteiro irmão dos outros dois, Erasmo e João, de
comprar agulha, linha, chapéu de couro e cinco varas de mescla, em Piranhas,
parece que para fazer a roupa de José”.
Coiteiro Mané Félix
A chegada de
José atrasa a partida de Virgolino em um dia, o que seria fatal para o chefe de
bando como se o próprio destino já tivesse de plano traçado. Lampião já estava
descansando no riacho desde o dia 21. Como a grota da fazenda Angicos não
estava muito distante do rio São Francisco, sua permanência no lugar ia ficando
cada vez mais perigosa, mesmo com a confiança em está cercado de coiteiros.
Pela frente, o rio era bem movimentado e alvo da sua vigilância com subgrupo de
Relâmpago, mas que terminaria sendo completamente inútil. Por trás, havia a
fazenda Logradouro do coiteiro Júlio Félix e outras que davam para o interior.
Foto do cangaceiro Relâmpago - acervo Ronaldo braga - http://lampiaoaceso.blogspot.com
Para visitar
Lampião não chegavam somente os coiteiros, mas outras pessoas que se
interessavam em negociar com o bandido, informar, levar presentes ou
simplesmente vê o homem de perto. Geralmente essas pessoas apontadas como de confiança,
eram introduzidas no acampamento pelos próprios coiteiros como seus amigos.
Além disso, as
feiras de Pão de Açúcar e Piranhas representavam maior movimento de canoeiros e
barqueiros nas imediações, bem como cavaleiros nas terras áridas e pedregosas
que margeavam o Velho Chico.
Manter
segredos da sua permanência por ali, mesmo com seu aparato, parecia impossível.
· Narrativa
baseada no livro: CHAGAS, Clerisvaldo B. FAUSTO, Marcello. Lampião
em Alagoas. Maceió, Grafmarques, 2012.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Caro Pesquisador Mendes, como não sou professor da Língua Portuguesa, deixo aqui a minha solicitação ao nobre Escritor Clerisvaldo Chagas para quando ele ler o blogdomendes, ter a gentileza de dirimir esta minha dúvida: QUAL A DIFERENÇA ENTRE O ARTIGO E A CRÔNICA, logo que muitos fazem uma confusão danada - e eu sou um deles?
ResponderExcluirAbraços,
Antonio Oliveira - Serrinha - E-mail: antonioj.oliveira@yahoo.com.br