Por Clerisvaldo B.
Chagas, 11 de fevereiro de 2016 - Crônica Nº
1.503
Depois
de longa excursão, voltamos às bases, em Santana do Ipanema, Sertão de Alagoas.
Hoje,
quarta-feira de Cinzas, lembramo-nos do nosso conto lançado há décadas,
“Carnaval do Lobisomem”. Pelo que ouvimos em um testemunho ocular, hoje, os
lobisomens são outros, calcados pela droga e o desprezo à vida.
Em Maceió, os
bandidos das grotas assaltam, queimam ônibus e tiroteiam com a polícia, levando
menores perdidos pela própria circunstância.
Na última
terça-feira de Carnaval, em Santana do Ipanema, por volta das 2.30 às 03 horas
da madrugada, houve espetáculo de vândalos na Rua Pedro Brandão, Bairro
Camoxinga e principal corredor para o Comércio.
Narra à
testemunha que um arrastão formado de, aproximadamente, 30 pessoas, entre elas
menores e mulheres, desceu da folia do Comércio e entrou na Rua Pedro Brandão.
À medida que o bando avançava rumo ao Largo do Maracanã, menores soltavam
palavrões e ordens para destruírem tudo que encontrassem pela frente. Enquanto
gritavam, em desespero, jogavam pedras nas vidraças de residências e casas
comerciais. Outros aplicavam coices nas portas de ferro dos estabelecimentos,
onde a própria sede do Ipanema Atlético Club não foi poupada.
Os vândalos já
estavam para derrubarem a porta de uma grande loja, recentemente inaugurada,
quando correram entrando num beco estreito que dá acesso a BR-316. Era a
presença de uma viatura que despontara do lado do Comércio.
A testemunha
não viu mais o rumo dos marginais, supondo-se que a galera tenha descido pela
Rua Pedro Gaia, rumo natural para o Bairro Pedrinhas, o Jacintinho de Santana.
A quarta-feira
amanheceu calma na urbe, mas alguns moradores da Rua Pedro Brandão foram à
contabilidade do prejuízo. E como nenhum lugar do País escapa das ações dos
bandidos, é de se admirar: Até tu, ó Santana!
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