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domingo, 29 de maio de 2016

SEGUNDO O CANGACEIRO BALÃO DISSE À REVISTA REALIDADE EM 1973. A MULHER FOI A PERDIÇÃO DO CANGAÇO:

Entrevistas memoráveis O Ex Cangaceiro "Balão" falou à Revista Realidade, em Novembro de 1973. - http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2009/08/cangaceiro-balao-sensacional-entrevista.html

Enquanto não apareceu mulher no cangaço o cangaceiro brigava até enjoar. Depois, diante de qualquer perigo, logo se podia ouvir: "Ai, corre, corre!" Quando entrei, Lampião tinha duzentos homens, separados em grupos para despistar as volantes. Muitos dos "oficiais" já tinham mulheres: Corisco, Luís Pedro, Pancada. No fim, até os cabras. Elas não lutavam. Uma única vez vi uma delas brigar como um homem, Foi Dadá, no dia em que o seu marido, Corisco, caiu baleado nos dois braços.

Colorido pelo professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

Maria Bonita usava uma pistola Mauser, de 11 tiros, mas também não atirava nada. Não era bonita: baixinha, grossinha, pernas meio tortas, cintura fina, quadris bem largos, atrás era batidinha como uma tábua. Tinha o rosto cheio, redondo, andava com botas de couro de bode, bem coladas nas pernas. Usava saia de couro abaixo dos joelhos e uma blusa de couro. Ela sempre tentava me derrubar, a gente brincava muito. Lampião não ligava. Olhava e recomendava: "Depois não vão se zangar".

Aos poucos, o bando foi ficando cheio de mulheres. E homem de batalha não pode andar (Relação) com mulher. Se o cangaceiro tem uma relação sexual, perde o poder da oração (uma espécie de amuleto), e seu corpo fica como uma melancia: qualquer bala atravessa. Por isso, antes, seriam necessários alguns cuidados:

O cangaceiro deve tirar a oração do corpo e entregá-la a um amigo por quinze dias. E antes de usá-la. Novamente precisa tomar um bom banho, lavar bem as roupas do pecado.


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