Por José Mendes Pereira
Foto do site tokdehistoria.com.br do historiógrafo Rostand Medeiros
Amigos leitores deste blog, infelizmente, Virgolino Ferreira da Silva o sanguinário e perturbador da tranquilidade do nordeste brasileiro, o capitão ou o rei do cangaço o Lampião, está morto. Foi morto a tiros e depois degolado pelas tropas do tenente João Bezerra da Silva.
Usei a palavra "infelizmente", não para defender fora-da-lei, mas para mostrar que se foi, a vida de um "sertanejo", que antes era do bem, trabalhador, cumpridor dos seus deveres, cuidador dos seus queridos pais, irmãs e irmãos, familiares de modo geral, que talvez desejava ser um fazendeiro, um médico ou outra coisa semelhante, com tranquilidade, junto com aqueles da sua idade que os viu crescer e, atufarem-se nas águas barrentas dos rios, e em outros momentos, cristalinas, e de repente, sem menos pensar e desejar, o destino desviou o seu caminho, caminho este que jamais colocaria os seus pés por espontânea vontade; as coisas mudaram, e mudaram para desgraçar a vida de quem tinha bons planos para o futuro.
Agora, as famílias do sertão do nordeste brasileiro podem respirar fundo. O capitão Virgolino não tirará mais a tranquilidade destes sertanejos, infelizmente, ele está morto. Finalmente, Lampião está sobre os pedregulhos da Grota de Angico, no Estado de Sergipe. Uma data que, por ser múltiplo do número 7, segundo a cigana de Pariconha nas suas previsões, o número 7, não seria nada bom para Lampião, e assim foi.
Clique no link e leia as semelhanças referentes ao número 7.
Mesmo ele
tendo sido um homem perverso e sanguinário, nenhum de nós tem o direito de
julgá-lo. O que ele passou diante de todos os seus familiares, vizinhos e
amigos, ver a mãe enfartar e não resistindo, veio a óbito; posteriormente a morte do seu pai sem que ele tinha nada com os seus problemas; desrespeitado, humilhado, proibido de frequentar festas decentes,
perseguido pela polícia, e por uma boa parte de pessoas civil, não é para
qualquer um suportar sem retaliação.
Vamos calar a nossa boca para não fazermos
injustiças com Lampião. Lógico que santo ele não foi, mas de nós, quem será
santo?
Disse Lampião quando foi entrevistado pelo jornalista José Alves Feitosa do Jornal “A NOITE”, de Recife-PE. Essa entrevista foi publicada pelo Jornal Cearense “O POVO”, no dia 04 de junho de 1928. Lá se vão 88 anos.
“Não sou cangaceiro por maldade minha, mas pela maldade dos
outros”. "... é por isso que de rifle às costas, cruzando as estradas do sertão, deixo um
rastro sangrento na procura dos assassinos de meus pais”. Publicação do Jornal "O POVO” / Ceará - 04/ junho/ 1928.
Os pais de Lampião José Ferreira da Silva e dona Maria Sulena da Purificação.
Dona Maria Sulena da Purificação a mãe de Lampião não foi assassinada, faleceu em consequência da pouca consideração do seu vizinho Zé Saturnino a seus filhos (mas mesmo eles não querendo que isso acontecesse, eles também colaboraram por continuar com as suas perseguições contra o Zé Saturnino); e principalmente, o desrespeito deste contra o patriarca José Ferreira da Silva.
Mas o que Lampião diz que os pais foram assassinados é justamente para ganhar apoio da população que não conhece como aconteceu o falecimento da sua mãe. Isso faz parte de quem quer ser aplaudido pela população.
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