É benfazeja a
afinidade que a cidade de Cajazeiras mantém com os municípios vizinhos. Na
minha infância, conhecia alguns desses lugares com outros nomes. Assim é que
Cachoeira dos Índios se chamava Catingueira; São João do Rio do Peixe passou a
se chamar Antenor Navarro, voltando depois ao nome original; São José de
Piranhas, durante um certo tempo, era chamado de Jatobá, nome oriundo de um antigo
sítio – foi proclamado cidade pelo Interventor da Paraíba, Argemiro Figueiredo,
em 1º de janeiro de 1939 – tendo somente voltado ao nome anterior em 14 de
novembro de 1952, obedecendo a um Projeto de Lei do Deputado Estadual Humberto
Lucena (in memoriam).
Essas estão
entre as cidades irmãs e vizinhas que continuam mantendo com Cajazeiras os mais
civilizados relacionamentos nos vários setores de atividades, sejam
industriais, comerciais, culturais, sociais… Que assim permaneça sempre!
Mas essas
considerações vêm a propósito de tentativa que estamos fazendo de diversificar
o enfoque desta Coluna. Tanto é assim que hoje apresentamos aos leitores fatos
inusitados ocorridos na vizinha cidade. Assim como já havia ocorrido com
Cajazeiras, em 28 de setembro de 1926, quando Sabino das Abóboras fez uma
tentativa de invasão de nossa cidade, assim também os nossos vizinhos
piranhenses também estiveram na mira do cangaço.
Em 25 de
outubro de 1925, Lampião, que já era por demais conhecido no mundo do cangaço,
junto com os seus “cabras”, fez uma incursão no sítio Catolé, quando um dos
seus sequazes assassinou covardemente um popular de nome João Pelonha, que
seria seu desafeto. Embora Lampião, não tivesse aprovado o crime, prendeu o
senhor Antônio Gonçalves, que passou a servir-lhe de guia, rumando até o sítio
Cachoeirinha.
Dessa
incursão, ainda existem sinais dos destroços praticados pelo bando, mormente
nas proximidades da antiga ponte do Riacho da Corda, localizada no sentido São
José de Piranhas para Galante. Aí ocorreram as estripulias do bando, que, em
busca de dinheiro, chegou a fazer ameaças ao fazendeiro Firmino Faustino.
Todas as
redondezas sofreram as ameaças dos cangaceiros que passaram ainda pelo então
sítio Cabrais, por Santa Fé, pela serra do Capim, pelo sítio Queimadas… Daí,
após provocarem todo um rebuliço, Lampião com o seu bando dirigiram-se para
Bonito de Santa Fé, então distrito de São José de Piranhas, de onde rumaram
para as bandas do Ceará.
(Se os
leitores desejarem saber detalhes aventureiros da passagem do famoso bando de
Lampião por essas paragens sertanejas, estão convidados a buscar e ler a obra São
José de Piranhas – Um Pouco de sua História – de autoria do professor e
historiador Messias Ferreira de Lima, cuja leitura certamente lhes
proporcionará momentos de conhecimento imprescindíveis para quem cultiva o
hábito de uma boa leitura.)
http://coisasdecajazeiras.com.br/francelino-soares-jatoba-e-o-cangaco/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Mas como adquirilo?
ResponderExcluirMas como adquiri-lo?
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