Por Analucia Gomes
A realidade política e social no nordeste no período do cangaço era bem diversa
de hoje (embora muitas relações ainda subsistam, sobretudo as relações de poder
local e a pobreza de parte significativa da população), a precárias condições
de vida nas quais se encontrava uma grande maioria de sertanejos desvalidos de
todos os cuidados das autoridades competentes, o chamado banditismo social
configurou-se como uma forma, de resistência, de protestos, numa ânsia de vida
sem leis.
O confronto à bala sempre foi o cartão de visita que o aguardou pelos
grotões dos sete estados nordestinos que atuou, sobretudo quando não contava
com seus coiteiros figadais. O movimento Tropicalista também teve inicio no
nordeste, foi num Brasil da Ditadura Militar (1964-1985), que a Tropicália
vicejou. Na impossibilidade de falar abertamente contra a Ditadura; em suas
canções, os tropicalistas tinham como principal característica o deboche e a
ironia. Ao contrário dos cangaceiros que eram nordestinos rudes, os
tropicalistas eram intelectuais. Como os cangaceiros, os tropicalistas
apresentaram ao público um forte apelo visual em suas propostas.
Acreditavam
que “o meio é a mensagem” e a roupa “é um prolongamento do corpo”, a imagem
passava a ser tão importante quanto às ideias presentes em letras de música e
declarações públicas. Finalizando, o homem foi criado livre, porém o interdito
que veio com a civilização recalcou essa liberdade. Desde então o homem vagueia
em sua busca, seja na força do querer ou na poesia. Pesquisa coloquiodehistoria@gmail.com.
Fotos net.
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