Por José
Mendes Pereira
Os escritores
Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Faustino contam no Livro “Lampião em Alagoas”
páginas 450 e 451, publicado no ano de 2012, que o amigo estudado por nós, o famoso
coiteiro do rei Lampião Pedro de Cândido, após a hecatombe de Angico, quando
houve festas e promoções policiais no Estado de Alagoas, felizmente o tenente
Zé Lucena (responsável pela morte do patriarca da família Ferreira, apesar de
ter sido feita pelo seu comandado Benedito Caiçara) lembrou desta figura, e, o
indicou ao comando da polícia para incluí-lo no efetivo da Força Policial, como
recompensa, dando-lhe a patente de cabo, ficando destacado lá mesmo na cidade
de Piranhas no Estado de Alagoas.
Três anos após
a morte do rei Lampião e sua rainha Maria Bonita uma notícia tomou conta da
cidade de Piranhas que um lobisomem estava tirando a tranquilidade da população
daquela região, no local chamado Piranha de Baixo.
Nessa noite do
dia 23 de agosto de 1941, um jovem de nome Sabino José Vieira passa no Bar de
um senhor de nome Pedro Chico, sendo que este ambiente era muito frequentado
pela população, e ali, a conversa sobre o lobisomem está sendo espalhada no
recinto. Naquele tempo, as luzes da cidade tinham um controle, e eram apagadas
às 23 horas (talvez, não sei, para economia de óleo diesel, já que naquele
tempo a maior parte das cidades dos Estados Brasileiros era movido por motores
explosões, assim eram chamados).
Como morava um
pouco distante de onde se encontrava, e inevitavelmente tinha que passar por
Piranhas de Baixo, Sabino põe a sua peixeira na mão, e seguiu viagem para sua
residência. Em uma das curvas na estrada, ouviu um tropel, seguido de um ronco.
Assustado, mas preparado, enfiou a sua peixeira no peito do suposto Lobisomem,
ouvindo um gemido e a queda do corpo no chão. Às carreiras, Sabino José Vieira
saiu em gritos, afirmando ter assassinado o lobisomem, que até então, para ele,
era o suposto lobisomem.
“ - Eu matei o
lobisomem”! “ - Eu matei o lobisomem! ”
O Sabino José
caiu desmaiado em uma calçada. De repente, apareceu uma porção de gente do
lugar, e cuidou dele, que mesmo no chão, continuava gritando, afirmando ter
assassinado o lobisomem. Assim que se acalmou, Sabino contou como foi que
assassinou o lobisomem.
Mas o Sabino
José Vieira não havia assassinado um lobisomem, e sim o famoso ex-coiteiro do
rei do cangaço Lampião, o Pedro filho da dona Guilhermina e seu Cândido lá de
Piranhas, conhecido por Pedro de Cândido, que ali se encontrava envolvido num
lençol de sangue.
Um dos
participantes do reconhecimento do corpo de Pedro de Cândido com uma candeia,
pôs a mão no peito da vítima para saber se ainda existia vida, mas findou
dizendo: “- Acabou-se o homem”.
Fonte de
pesquisa:
Livro:
“Lampião em Alagoas”.
Páginas: 450 e
451.
Ano de
publicação: 2012
Autores:
Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Faustino.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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