Por Voltaseca Volta
Fotos: Revista O Cruzeiro/Google
Era setembro de 1972, DADÁ se deslocou de Salvador para a cidade de Miguel
Calmon-BA, onde estavam enterrados os ossos do seu amado, o ex-cangaceiro
CORISCO. (Vide foto, abaixo).
A cabeça e o braço direito de Corisco que se encontravam em exposição pública no Museu Nina Rodrigues/Salvador, já haviam sido enterrados, após forte pressão popular e dos familiares dos cangaceiros.
No cemitério
da aludida cidade é localizada a sepultura. Os OSSOS são desenterrados. Sentada
em uma cadeira, DADÁ pega um a um, examina-os, e, guarda-os, com muito carinho.
Após recolher
todos os ossos do seu ente-querido, DADÁ se recolhe ao seu quartinho de hotel (pensão), e, durante grande parte da noite, passa a mesma, chorando e, numa
pequena bacia com água, lava os OSSOS , daquele que foi o seu amado, o
cangaceiro CORISCO. Quando acabou a tarefa e, com os ossos limpos, colocou
sobre os mesmos, um litro de álcool e deixou secar. Após, colocou tudo dentro
de um saco plástico e, em seguida, numa urna envernizada, inclusive, contendo
chave e, trouxe para sua residência, em Salvador.
Passaram-se 5 anos com a citada urna guardada em cima de um guarda-roupa, mas com medo que a roubassem, DADÁ resolveu colocá-la na cabeceira da cama, cobrindo-a com um lençol. E, sempre dizia aos netos. “ Não bulam ai “.
Segundo narrativa da própria DADÁ, a mesma chegou a falar com o governador da Bahia e com o escritor Jorge Amado, para que CORISCO tivesse um enterro decente.
No dia do enterro, no cemitério Quinta dos Lázaros/Salvador, na hora que colocaram os OSSOS, junto da CABEÇA E O BRAÇO direito de Corisco, a emoção foi sem igual. Todo mundo ficou olhando para DADÁ, e, a maioria caiu no choro, inclusive, Jorge Amado chorava que dava dó. Assim, DADÁ cumpriu com sua promessa de juntar e, sepultar todos os OSSOS de CORISCO, em um só local.
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