Por José Ribamar Alves
Havia numa
pequena comunidade do interior,
Uma criança de
um QI admirável, a qual se chamava Dandara.
Ela costumava
chamar atenção das pessoas, pela diferença que fazia perante as demais
crianças.
Ao lado da
casa de Dandara, havia um terreno cercado apenas por cercas de varas, o qual
pertencia ao seu próprio pai.
E, certo dia
pela manhã, Dandara chupando uma acerola e enterrou um pequeno caroço num
lugarzinho do referido terreno.
Dias depois, ela
percebeu que daquele carocinho havia brotado uma plantinha e parecia viçosa e
agradecida.
Nessa hora,
Dandara ficou tão feliz, mas tão feliz, que sorriu como se tivesse visto um
anjo à sua frente.
E, daquele dia
em diante, Dandara sentira nascer no seu peito um profundo amor pela vida de
tudo que a terra cria.
Então, ela
começou a plantar outras espécies de plantas frutíferas, como por exemplo:
Pitanga, amora, uva, maracujá, seriguela, limoeiro, cajaraneira, tamarindo,
cajazeira, goiabeira, laranjeira e outras mais de serventia igualitária. Mas,
com a bondosa ajuda do seu pai e seus irmãos, é claro!
E, no período
da safra, Dandara colhia muitos frutos e mais frutos e distribuía com as
pessoas carentes da sua vizinhança.
Não queria
Dandara, outra coisa a não ser mostrar para as pessoas da comunidade, a bondade
da terra e a grandeza de Deus.
E como se não
bastasse, ela resolveu criar um pequeno jardim na frente de sua casa, para
contemplar as flores e sentir gratuitamente a essência delas.
Dandara, dos
oitos até aos dez, já servia de exemplo para todos. Mas, o mais
interessante, é que ela se comportava como se tivesse quinze anos.
Costumava dar
bom dia aos conhecidos e desconhecidos, respeitando os mais velhos e os
mais novos e ainda ensinando as crianças de sua idade a fazerem o mesmo.
E assim,
Dandara foi crescendo, crescendo e se tornando, a cada dia, uma espécie de
professora mirim.
Ensinava aos
amiguinhos como não desperdiçar água potável, a não judiar dos
animais, não atirar pedras nas aves, não machucas as flores, não cortar as
plantas e nem jogar lixo na rua.
Mas, porque
ela fazia isso ainda tão criança?
Eis a resposta
correta! Seus pais faziam essas mesmas coisas na sua presença, provando que o
bom exemplo educa mais do que todos os ensinamentos pagos.
Ao completar
doze anos de idade, Dandara resolveu dar uma de professora-criança e começou a
brincar de educar amiguinhos e amiguinhas da sua comunidade.
Vez por outra,
Dandara se expressava dessa forma:
“O homem é do
tamanho do seu próprio exemplo”.
O que se
contrai não pode superar o que vem de dentro.
As pessoas
boas são como árvores frutíferas, salvando vidas e semeiam caridade.
Ah, Dandara!
Você veio ao mundo assim como vem uma chuva duradoura, criadora e satisfatória.
E, diz a
história que Dandara tornou-se uma brilhante professora, uma inigualável
filósofa e o maior exemplo de ser humano da sua época.
Que Deus salve
todas as DANDARAS do mundo!
José Ribamar
Alves / 27-04-2018
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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