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sábado, 28 de abril de 2018

DANDARA: A PROFESSORA MIRIM!


Por José Ribamar Alves

Havia numa pequena comunidade do interior,
Uma criança de um QI admirável, a qual se chamava Dandara.
Ela costumava chamar atenção das pessoas, pela diferença que fazia perante as demais crianças.

Ao lado da casa de Dandara, havia um terreno cercado apenas por cercas de varas, o qual pertencia ao seu próprio pai.
E, certo dia pela manhã, Dandara chupando uma acerola e enterrou um pequeno caroço num lugarzinho do referido terreno.

Dias depois, ela percebeu que daquele carocinho havia brotado uma plantinha e parecia viçosa e agradecida.

Nessa hora, Dandara ficou tão feliz, mas tão feliz, que sorriu como se tivesse visto um anjo à sua frente.

E, daquele dia em diante, Dandara sentira nascer no seu peito um profundo amor pela vida de tudo que a terra cria.

Então, ela começou a plantar outras espécies de plantas frutíferas, como por exemplo: Pitanga, amora, uva, maracujá, seriguela, limoeiro, cajaraneira, tamarindo, cajazeira, goiabeira, laranjeira e outras mais de serventia igualitária. Mas, com a bondosa ajuda do seu pai e seus irmãos, é claro!

E, no período da safra, Dandara colhia muitos frutos e mais frutos e distribuía com as pessoas carentes da sua vizinhança.

Não queria Dandara, outra coisa a não ser mostrar para as pessoas da comunidade, a bondade da terra e a grandeza de Deus.

E como se não bastasse, ela resolveu criar um pequeno jardim na frente de sua casa, para contemplar as flores e sentir gratuitamente a essência delas.

Dandara, dos oitos até aos dez, já servia de exemplo  para todos. Mas, o mais interessante, é que ela se comportava como se tivesse quinze anos.

Costumava dar bom dia aos conhecidos e desconhecidos, respeitando os mais velhos e os mais novos e ainda ensinando as crianças de sua idade a fazerem o mesmo.

E assim, Dandara foi crescendo, crescendo e se tornando, a cada dia, uma espécie de professora mirim.

Ensinava aos amiguinhos como não desperdiçar água potável, a não judiar dos animais, não atirar pedras nas aves, não machucas as flores, não cortar as plantas e nem jogar lixo na rua.

Mas, porque ela fazia isso ainda tão criança?

Eis a resposta correta! Seus pais faziam essas mesmas coisas na sua presença, provando que o bom exemplo educa mais do que todos os ensinamentos pagos.

Ao completar doze anos de idade, Dandara resolveu dar uma de professora-criança e começou a brincar de educar amiguinhos e amiguinhas da sua comunidade. 

Vez por outra, Dandara se expressava dessa forma:

“O homem é do tamanho do seu próprio exemplo”.
O que se contrai não pode superar o que vem de dentro.
As pessoas boas são como árvores frutíferas, salvando vidas e semeiam caridade.

Ah, Dandara! Você veio ao mundo assim como vem uma chuva duradoura, criadora e satisfatória.

E, diz a história que Dandara tornou-se uma brilhante professora, uma inigualável filósofa e o maior exemplo de ser humano da sua época.
Que Deus salve todas as DANDARAS do mundo!

José Ribamar Alves / 27-04-2018

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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