Por G1 e GloboNews
O
ator e humorista conhecido por seus bordões morreu neste sábado (28) na casa
dele, no Leblon. Ele sofria de problemas cardíacos.
Agildo Ribeiro atuou em
humorísticos como Escolinha do Professor Raimundo e Zorra Total.
O humorista Agildo Ribeiro morreu
na casa dele no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na manhã deste sábado
(28). O ator tinha completado 86 anos na quinta-feira e sofria de problemas
cardíacos.
Agildo da Gama Barata Ribeiro
Filho nasceu no Rio em 26 de abril de 1932. O pai dele participou das
revoluções de 1930 e 1932 e da intentona comunista. Agildo foi educado em
colégio militar e chegou a trabalhar como telefonista.
Em seis décadas de carreira,
criou vários personagens – alguns com bordões que ficaram famosos – e seu rosto
se tornou um dos símbolos do humor no Brasil.
Agildo fez parcerias memoráveis
com Paulo Silvino e Jô Soares. Doutor Babaluf foi um dos personagens políticos
do humorista que ficou mais famoso.
Agildo Ribeiro e Dinorah Pêra em
cena de 'Zorra Total', em 2009 (Foto: Thiago Prado Neris/TV Globo)
Chamado de "capitão do
riso", Agildo começou como ator no rádio, mas seu reconhecimento veio com
os trabalhos cômicos na televisão. "Virou hábito: eu abro a boca e todo
mundo ri. Eu nasci para ser artista", declarou o ator em uma entrevista.
Seu passaporte para a televisão
foi em 1957, com o personagem João Grilo, protagonista da peça "Auto da
Compadecida", de Ariano Suassuna. Também atuou na companhia do ratinho
Topo Gigio, personagem de um programa infantil de sucesso na TV no início da
década de 1970.
Participou da inauguração da TV
Globo, onde trabalhou na adaptação para as telas do humorístico "Balança,
mas não cai", dirigido por Lúcio Mauro.
Agildo Ribeiro contracena com o ratinho Topo Gigio em programa infantil da década de 1960 (Foto: Reprodução)
Em "Planeta dos homens"
(1976), deu vida ao personagem Aquiles Arquelau, um professor de mitologia
apaixonado pela atriz Bruna Lombardi e que chamava o mordomo de "múmia
paralítica". Agildo também participou da "Escolinha do Professor
Raimundo" (1999) e do "Zorra Total" (1999).
"Minha missão na Terra,
vamos chamar assim, é divertir as pessoas, é alegrar, desde a hora que eu
acordo até a hora que eu vou dormir", afirmava o ator.
Em 1982, o humorista teve seu
próprio programa: "Estúdio A... Gildo". Uma das últimas aparições do
ator na televisão foi em um episódio especial de "Tá no Ar: a TV na
TV", da Rede Globo, que homenageou grandes nomes do humor.
No cinema, Agildo autou em mais
de 30 filmes. "Casa da Mãe Joana" (2008) e "O homem do ano"
(2003) foram os trabalhos mais recentes dele na tela grande.
Vocação
Na infância, Agildinho, como era
conhecido, se inspirava na realidade para fazer graça. As imitações que ele
fazia dos professores eram um sucesso entre os colegas de escola.
"Eu sou muito observador,
tenho um ouvido incrível. Tenho mania de imitar os outros, e a imitação é o
caminho inicial para fazer um tipo", dizia Agildo.
Agildo Ribeiro na época que
estudava em Colégio Militar (Foto: Reprodução/TV Globo).
Em março de 2018, o ator foi
homenageado no Prêmio do Humor, evento idealizado e apresentado por Fábio
Porchat.
Em 2012, Agildo Ribeiro descobriu
que tinha um filho, na época, com 47 anos. Marcelo Galvão é de uma relação de
Agildo em 1965. Em um encontro com o rapaz durante o
programa "Fantástico", em 2013, o ator descobriu também que era avô
de uma menina.
O humorista foi casado cinco
vezes. Entre as esposas, estão as atrizes Marília Pera e Consuelo Leandro. Seu
último casamento foi com a atriz e bailarina Didi Barata Ribeiro. Os dois
ficaram juntos por 35 anos. Didi morreu em 2009.
Agildo Ribeiro em 'Final Feliz',
em 1982 (Foto: Geraldo Modesto/TV Globo)
MORRE O HUMORISTA AGILDO RIBEIRO
https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/agildo-ribeiro-morre-aos-86-anos.ghtml
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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