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domingo, 24 de novembro de 2019

HOMENS QUE CHACINARAM OS CANGACEIROS EM 1938


Por Biafra Rocha

Os homens que estavam com o Aspirante, alguns ligeiramente adiantados, notam a vinda de um cangaceiro no sentido contrário em que iam. Não tendo mais alternativas, escondem-se por trás das pedras que existem ao longo do leito do riacho. O cangaceiro chega muito perto deles. Escora sua arma numa moita, ou numa pedra, e abaixando-se está com um cantil na mão. Um dos três militares, não espera mais. Aponta seu fuzil e faz fogo no cangaceiro. À distância em que estava o cangaceiro não passa de 10 (dez) metros, e mesmo assim, não sabemos se por falta de tempo, calma ou mesmo nervosismo do soldado, esse erra o tiro.

Tropa comandada pelo tenente João Bezerra quando do retorno do ataque aos cangaceiros na Grota do Riacho Angico. Este registro é citado por alguns autores como fora feito em frente à sede da Prefeitura na cidade de Piranhas, AL. Detalhe: essa tropa está desfalcada. No ataque aos cangaceiros, no coito do Riacho Angico, a força tivera uma baixa. Morreu o soldado Adrião. Alguns autores citam que fora vítima de 'fogo amigo'.

Um pouco atrás do cangaceiro que vinha encher os cantis, vinha a ‘Rainha do Cangaço’, Maria Gomes de Oliveira, a Maria de Déa. Ela estava com uma vasilha na mão. Era uma ‘banda’ da embalagem de queijo do reino. Com certeza vinha para pegar água e, talvez lavar-se, ou levar água para a tenda onde tinha passado a noite.


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