No dia
26/04/1931 a casa de dona Generosa Gomes de Sá afamada coiteira de Lampião,
localizada no povoado Riacho no município baiano de Paulo Afonso, foi palco de
um crime cruel praticado por soldados pertencentes à Força Policial Volante
baiana comandada pelo Tenente Arsênio Alves de Souza.
Acusado injustamente de
traição o vaqueiro Zé Pretinho foi covardemente assassinado pelos soldados sob
a acusação de ter informado a Lampião sobre a aproximação e localização da
Volante, que na ocasião vinha em persiga aos cangaceiros.
Lampião sabendo da
aproximação da Força Policial Volante se antecipa e lança sobre a soldadesca um
ataque surpresa e mortal, onde foram mortos dezenove soldados, sendo dezesseis
no local do ataque e outros três posteriormente quando empreendiam fuga. Zé
Pretinho foi amarrado em uma árvore e seu corpo serviu como alvo para a mira
dos soldados.
Após ter sido morto o vaqueiro teve seu corpo esquartejado e os
restos mortais espalhados nas proximidades da casa de dona Generosa. Após a
saída dos soldados dona Generosa em ato humano e solidário, mandou enterrar o
corpo mutilado do inocente vaqueiro. A casa de dona Generosa não serviu apenas
como cenário de crimes e brutalidades e foi no passado palco de animadas festas
promovidas pela anfitriã tendo como principais convidados, Lampião e seus
Cabras.
Geraldo Antônio de Souza Júnior
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