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domingo, 29 de janeiro de 2012

Enquanto não vem cangaço - 1821-1849 - REVOLUCIONÁRIA BRASILEIRA

Anita Garibaldi

Ana Maria Ribeiro da Silva nasceu em Laguna, Santa Catarina, em 1821. Abandonando seu marido, tornou-se amante de Giuseppe Garibaldi, guerrilheiro italiano exilado no Brasil que servia aos farroupilhas, latifundiários escravistas e separatistas que haviam se rebelado contra o Império brasileiro.

Fonte: infoescola.com

A causa imediata do movimento foi o descontentamento dos fazendeiros gaúchos com o baixo preço do charque (jabá), importante ingrediente da alimentação dos escravos negros. 

As forças imperiais enviadas para combater os separatistas tinham Caxias como seu principal comandante. Anita uniu-se ao movimento, participando dos combates em defesa da República Juliana, em Santa Catarina, outra tentativa de fracionar o país. Dotada de grandes habilidades para o combate, recebeu dos seus companheiros o título de "Bravo Entre os Bravos", após o combate das Forquilhas.

Acompanhou Giuseppe Garibaldi quando este foi contratado para combater Rosas, ditador do Uruguai. Casaram no Uruguai. Nesta época, a Itália estava dividida em pequenos reinos e repúblicas, além de territórios pertencentes ao Papa.

Frustrado em sua tentativa de dividir o Brasil, Giuseppe Garibaldi voltou à Itália com o objetivo de continuar a sua luta pela unificação desta. Anita o acompanha. Na Itália, empreendem diversas fugas, uma delas para Veneza. Mas em agosto de 1849, próximo a San Alberto e Ravenna, fugindo para a Suíça, Anita Garibaldi falece.

Considerada traidora por muitos brasileiros, recebeu o cognome de "Heroína de Dois Mundos" por seus admiradores.

Fonte: www.geocities.com
Na Itália


Em 1847, Anita foi para a Itália com os três filhos e encontrou-se com a mãe de Garibaldi. Elas depois viajaram para a cidade de Nizza, (atual Nice, na França), onde ficaram morando. O próprio Garibaldi reuniu-se a eles alguns meses depois, quando voltaram a Itália. Os filhos de Anita e Garibaldi ficaram na França com a mãe dele.

Em 9 de fevereiro de 1849, presenciou com o marido a proclamação da República Romana, mas a invasão franco-austríaca de Roma, depois da batalha no Janículo, obrigou-os a abandonar a cidade. Com 3 900 soldados (800 deles a cavalo), Garibaldi deixou Roma. Em sua perseguição saíram três exércitos (francesesespanhóis e napolitanos) com quarenta mil soldados. Ao norte lhes esperava o exército austríaco, com quinze mil soldados. Anita e o marido tinham que enfrentar a guerra e lutar para salvar o território italiano. Mesmo grávida do 5º filho, ela enfrentou tudo até o fim.

Anita, no final da gravidez, tentou não ser um peso para o marido, querendo deixá-lo despreocupado para lutar sozinho na guerra, em que ela poderia ir morar com a mãe dele, como seus filhos moravam, mas suas condições de saúde pioraram quando atingiram a República de San Marino. Ela e Garibaldi decidiram não aceitar o salvo-conduto oferecido pelo embaixador americano e continuaram a fuga, pois não teriam como lutar contra milhões de soldados e se fossem presos, morreriam na cadeia. Com febre e perseguida pelo exército austríaco, foi transportada às pressas à fazenda Guiccioli, próximo a Ravenna, onde morreu no parto junto com a criança, em 4 de agosto de 1849, para desespero de Garibaldi.

Caçado pelos austríacos, sem nem sequer poder acompanhar o sepultamento da esposa, Garibaldi saiu outra vez para o exílio e nos dez anos em que esteve fora da Itália, os restos mortais de Anita foram exumados por sete vezes. Por vontade do marido, seu corpo foi transferido a Nice. Em 1932, seu corpo foi finalmente sepultado no monumento construído em sua homenagem no Janículo, em Roma.

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