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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

S/A Mercantil Tertuliano Fernandes - 12 de Janeiro de 2012

Por: Geraldo Maia do Nascimento

 O Rei do algodão de Mossoró 
               
A S/A Mercantil Tertuliano Fernandes tinha como objetivos sociais a promoção, comércio, transporte, exportação, importação, industrialização de algodão, cera de carnaúba, couros, sal marinho, óleos e sementes oleaginosas, sabão, transporte e navegação, agenciamentos, comissões, representações, consignações, agricultura, pecuária, administração de bens próprios ou alheios e particulares em outras empresas com recursos sociais.
               
A razão social “S/A Mercantil Tertuliano Fernandes” foi constituída em 6 de abril de 1949, em substituição à antiga “Tertuliano Fernandes & Cia.”, remontando a sua fundação ao ano de 1870 quando a partir de então teve as seguintes razões sociais: “F. T. de Albuquerque”, “F. T. de Albuquerque & Cia.”, “Tertuliano Fernandes & Cia.” E, finalmente, “S/A Mercantil Tertuliano Fernandes”.
               
E tudo começou com um pequeno comércio de fazendas, ferragens e miudezas, que tinha o nome de F. T. de Albuquerque. O seu fundador, Tertuliano de Albuquerque, era um homem progressista e com raro senso de observação. Aproveitou o potencial econômico de Mossoró, alcançado com a abertura do Porto de Areia Branca, em 1886, para incrementar a exportação de algodão. Era dali que saiam todas as mercadorias exportadas pela Praça de Mossoró. Essas mercadorias eram transportadas até o porto de Santo Antônio, em carros de bois ou comboios, nas costas de burros. Dali, os volumes eram levados em embarcações à vela até Areia Branca, de onde por sua vez, eram transportados em navios, ou ainda em embarcações a vela, de maior calado, para os mercados consumidores.
               
Foi por essa época que a empresa passou a trabalhar também com o sal marinho. O sal produzido em Mossoró era bem conhecido e aceito no sertão, mas no Sul do país se consumia quase que exclusivamente o sal importado de Cádiz na Espanha. Foi preciso muita artimanha dos diretores da empresa para que o sal mossoroense pudesse ser aceito no sul. O primeiro passo foi convencer uma firma sulista a adquirir um carregamento do sal aqui produzido (trezentas toneladas). O convencimento deu-se pela cobrança irrisória do produto. A estratégia era exatamente essa; fazer com que os sulistas percebessem que o nosso sal era tão bom quanto o que era importado. Não queriam lucros imediatos com essa transação. Desejavam ”fazer o mercado” para um produto estacionário. A medida funcionou, pois logo depois o sal de Mossoró ganhava o mercado do sul, já com bases eminentemente comerciais.


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Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fonte:
http://www.blogdogemaia.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

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