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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Guerreiros do Sol em sua 5ª Edição


Guerreiros do sol, em nova edição, é um estudo fiel e detalhado do cangaço no Nordeste brasileiro. O assunto é apresentado sob vários aspectos, entre eles o condicionamento socioeconômico gerado pelo ciclo do gado. O autor, Frederico Pernambucano de Mello, considerado um dos grandes especialistas no assunto, utilizou extensa documentação histórica para pesquisar o cangaço, além de coletar informações em jornais, depoimentos escritos e orais e na poesia sertaneja. 

Neste livro, que conta com prefácio de Gilberto Freyre, são mostrados tipos humanos que encontramos hoje e que surgiram já nos primeiros dias da colonização - o valentão, urbano ou rural, o cabra de bagaceira, o jagunço, o cangaceiro. Mas o autor não descreve apenas na particularidade o reflexo da violência que há muito tempo se manifesta em nosso país; analisa também o que chama de "cangaço meio de vida", "cangaço vingança" e "cangaço refúgio". 

Ariano Suassuna define assim a obra do autor: "Sem sombra de dúvida, a teoria do escudo ético de Frederico Pernambucano foi a única que, até o dia de hoje, me pareceu convincente: foi a única que explicou a mim próprio os sentimentos contraditórios de admiração e repulsa que sinto diante dos cangaceiros".


Sobre o autor: Frederico Pernambucano de Mello possui formação em História e Direito, sendo Procurador Federal [aposentado] no Recife, cidade onde nasceu. Na Fundação Joaquim Nabuco, integrou a equipe do sociólogo Gilberto Freyre, de 1972 a 1987, período em que se especializou, sob a orientação deste, no estudo da História Social da região Nordeste do Brasil, especialmente em seus aspectos de conflito, tendo publicado os seguintes livros: Rota batida: escritos de lazer e de ofício(Recife, Edições Pirata, 1983), Guerreiros do sol (ora em 5ª edição pelo selo A Girafa), Quem foi Lampião (Recife – Zürich, Stähli Edition, 1993, ora em 3ª edição), A guerra total de Canudos (Recife-Zürich, Stähli Edition, 1997, ora em 2ª edição pelo selo A Girafa), Delmiro Gouveia: desenvolvimento com impulso de preservação ambiental (Editora Massangana/ Fundação Joaquim Nabuco-CHESF, 1998), Guararapes: uma visita às origens da pátria (Editora Massangana/Fundação Joaquim Nabuco, 2002),  Tragédia dos blindados: a Revolução de 30 no Recife (Editora Massangana/Fundação Joaquim Nabuco, 2007), Estrelas de couro: a estética do cangaço (2ª edição, Escrituras Editora, obra finalista do Prêmio Jabuti 2011 nas categorias Produção Gráfica e Ciências Humanas) e prepara a biografia Benjamin Abrahão: entre anjos e cangaceiros, a ser publicado pelo selo A Girafa. Possui diversos prêmios literários, a exemplo dos concedidos pela Academia Pernambucana de Letras e pelo Governo do Estado de Pernambuco, através da Fundarpe, além de distinções honoríficas civis e militares, dentre as quais a Medalha do Mérito da Fundação Joaquim Nabuco, a Medalha do Pacificador e a Ordem do Mérito Militar do Exército Brasileiro. É membro dos Institutos Históricos de Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte, do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, e da Academia de História Militar Terrestre, tendo sido curador internacional da Fundação Bienal de São Paulo e presidente da União Brasileira de Escritores – Seção de Pernambuco. Na Academia Pernambucana de Letras, ocupa a cadeira 36 desde o ano de 1988. Pela originalidade de seus estudos, pelo volume da obra que produziu, e por se dedicar a aspectos de nossa história considerados ásperos e de pesquisa difícil, tem sido considerado, sobretudo no meio acadêmico paulista, o “historiador do Brasil profundo”, na palavra do professor Nelson Aguilar.

A Girafa e Girafinha são selos editoriais da Editora Arte Paubrasil

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Extraído do blog: "Cariri Cangaço"


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