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terça-feira, 6 de março de 2012

Lampião observando de luneta de guerra, que ganhou do Sírio Libanês,

Por: Guilherme Machado Machado
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os passos do guerreiro, o tenente comunista Luis Carlos Prestes em 1926, logo após a sua saída do Juazeiro do Norte - Ceará.
Lampião observando os passos do guerreiro Prestes e seus 3.500 homens. preparados e  bem  armados. Inteligentemente Lampião desistiu da ideia de atacá-lo com mais ou menos 10 homens, quando viu o contigente do Tenente Prestes,  abriu no oco do mundo.

Não são poucos os que vêem Lampião um Robin Hood nordestino. "Ele foi bandido, mas também teve atitudes de distribuir o que tomava", diz o pesquisador Antônio Amaury C. de Araújo, de São Paulo, que escreveu seis livros sobre o cangaço. Ex: em 1927, o bando entrou em Limoeiro do Norte (CE) jogando moedas para as crianças. Cena semelhante acontecera em Juazeiro, quando,  Lampião foi convocado para combater a Coluna Prestes. A coluna Prestes foi um movimento entre os anos de 1925 e 1927, encabeçado por líderes tenentistas. 
Os tenentistas foi um movimento que ganhou força entre os militares de médio e baixa patente, durante os últimos anos da República Velha. Nesse movimento se mostraram favoráveis às tendências políticas republicanas liberais. Entre outros pontos reivindicavam uma reforma constitucional capaz de trazer critérios mais justos ao cenário político nacional. Exigiam que o processo eleitoral fosse feito com o uso do voto secreto e criticavam os vários episódios de fraude e corrupção que marcavam as eleições.  Eram favoráveis à liberdade dos meios de comunicação.
 A coluna Prestes fez grandes jornadas para o interior do país, procurando fazer insurgir o povo contra o regime oligárquico vigente durante a presidência de Artur Bernardes, ainda no período da República Velha. A Coluna Prestes ainda pregava ao povo a necessidade da destituição do presidente e a imediata reformulação econômica e social do país, pregando a nacionalização das empresas estrangeiras fixadas no Brasil e o aumento de salários de trabalhadores em todos os setores rurais e industriais. Em suas jornadas, que se estenderam em uma distância de por volta de 25.000 quilômetros.
A coluna Prestes ganhar muita força, as tropas do governo começam a pedir reforço a todos ate mesmo ao bando de Lampião.
Janeiro: o bandido é convocado
Com a coluna se aproximando do Ceará, Floro Bartolomeu, deputado federal do Estado, recruta uma força de defesa, os Batalhões Patrióticos, e vai com ela para Campos Sales (CE). Prepara uma carta convocando Lampião e a manda para o Padre Cícero endossar. Um mensageiro vai atrás de Lampião. Enquanto isso, Bartolomeu, adoentado, segue para o Rio.
Fevereiro: confusão entre inimigos
Aparentemente sem ter recebido a carta de Bartolomeu, Lampião cuida de seus interesse pessoais em Pernambuco. Invade a fazenda de um antigo inimigo, mata dois, fere dois e incendeia a casa. Saindo desse ataque, no mesmo dia, tem um combate com a coluna, mas pensa que está lutando com a polícia.
Março: defensor público por pouco tempo
Lampião recebe a carta e segue para Juazeiro. Acampa com 49 homens perto da cidade e mais de 4 000 curiosos vão vê-lo. No dia 5, se encontra com o Padre Cícero e recebe uma patente de capitão dos Batalhões Patrióticos, assinada, acredite, por um funcionário do Ministério da Agricultura. Mais tarde esse homem diria que, naquelas circunstâncias, assinaria até exoneração do presidente. Todos os cangaceiros recebem uniformes e fuzis automáticos. No dia 8, Floro morre.
Lampião parte decidido  a cumprir o combinado, mas é perseguido em Pernambuco, o que o desaponta. Volta para falar com o Padre Cícero. Como este não o recebe, interrompe sua carreira de defensor público e retoma a rotina de crimes.

Extraído do blog:
"Portal do Cangaço de Serrinha - Bahia", do pesquisador do cangaço, Guilherme Machado.

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