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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O FOGO (BATALHA) DA MARANDUBA EM TERRAS SERGIPANAS


O dia 09 de janeiro de 1932 é um marco na história do cangaço. O fogo (batalha) da Maranduba em terras sergipanas, no município de Poço Redondo, Porto da Folha à época, é considerado juntamente com Serra Grande (Flores-PE 26/11/1926) e Serrote Preto (Mata Grande-AL 21/02/1925), como uma das maiores batalhas do fenômeno cangaço. 

Nesse solo sagrado para o cangaço, tombaram oito aguerridos soldados volantes, sendo quatro das hostes comandada pelo capitão Liberato de Carvalho, Comandante Geral as Forças Baianas: Elias Marques, João de Anízia, Pedrinho de Paripiranga e Manoel Ventura. 

Da força pernambucana comandada pelo tenente Manoel Neto, morreram os nazarenos sargento Hercílio de Souza Nogueira, o irmão Adalgiso de Souza Nogueira, João Cavalcante de Albuquerque e Antônio Benedito da Silva, além de vários feridos. 

As baixas cangaceiras foram os cabras: Quina Quina, Sabonete e Catingueira. 

Estou na foto com o meu filho Iago Oliveira Remígio e segurando uma fotografia composta dos nazarenos Hercílio de Souza Nogueira, que tombou nesse confronto, posicionado à direita de quem olha. À esquerda, o seu irmão Aureliano de Souza Nogueira (Lero). 

O tenente Lero foi delegado em minha cidade, Custódia-PE, na década de 1950, foi casado com Julieta Ferraz Torres, irmã do lendário major Theóphanes Ferraz Torres. Um filho de Aureliano, Ubiratan Torres Nogueira (cafezinho), casou com a custodiense Maria do Socorro de Medeiros Nogueira, tendo os filhos: Aruza, Airon e Anúzia. 

A filha de Aureliano e Julieta, Solange Torres Carneiro, casou também com um custodiense. O meu dileto primo, José Carneiro de Farias Souza. Tiveram os filhos: Aureliano, Apolônio e Adriano. O tenente Lero, como era conhecido, faleceu vítima de atropelamento no Posto Fiscal de Sucupira, Jaboatão dos Guararapes, em agosto de 1958. 

Muitos comentários à época na minha cidade, ligavam esse episódio a uma revanche do período cangaceiro. Pura imaginação. Isso mostra claramente, que os resquícios desse ciclo persistiram no imaginário popular por muitos e muitos anos após o seu término.

Cariri Cangaço-Piranhas/AL que aconteceu de 25 a 28 de julho de 2015.


Fonte: facebook
Página: Jorge Remígio

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Um comentário:

  1. Anônimo16:44:00

    Pois é caro Pesquisador Jorge Remígio, das (mais ou menos) duas centenas de batalhas enfrentadas pelo rei do cangaço, essas três que você relata, foram de uma intensidade assustadora, inclusive abatendo homens valorosos - alguns de Nazaré do Pico.
    Grato,
    Antonio Oliveira - Serrinha - Bahia

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