Por José Mendes Pereira
Cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira, viúva do cangaceiro Asa Branca Francisca da Silva Tavares e o escritor Kydelmir Dantas
Como
Francisca da Silva Tavares conheceu o cangaceiro "Asa Branca"
Segundo ela contou a Adryanna Paiva minha filha e a mim, que no ano de
1954, ela já era casada e mãe de um filho. Mas nesse
período, ela contraiu uma doença, ficando por alguns meses sem
andar. Procurando recursos para se livrar da maldita doença que ora a
perseguia, soube que na região havia um curandeiro, já de idade. Não foi tão
difícil, pois dias depois um velho fazia as curas ao pé de sua cama.
O tempo foi se passando, finalmente dona Francisca se livrou da maldita e
desconhecida doença.
Com aquele contato de reza vai, reza vem, os dois findaram apaixonando um pelo o outro, e dona Francisca passou a desejá-lo. E no ano de 1955, resolveu abandonar o seu marido e um filho de sete meses, fugindo com o curandeiro, cujo destino de apoio, Mossoró.
O ex-cangaceiro Asa Branca
Mas veja bem leitor, quem era o curador! Antonio Luiz Tavares, o ex-cangaceiro "Asa Branca", que deve ter aprendido as milagrosas rezas com o seu ex-comandante, Virgulino Ferreira da Silva o Lampião.
Pelo que se
ver é que dona Francisca da Silva fez o mesmo papelão que fez a rainha do
cangaço, Maria Bonita, quando abandonou o sapateiro José Miguel da Silva, o Zé
de Neném, para acompanhar o afamado Lampião.
A única
diferença entre as duas, é que Maria Bonita tornou-se
cangaceira; e Dona Francisca jamais participou de cangaço.
Mas assim que o seu pai, o Máximo Batista tomou conhecimento que ela havia fugido com o rezador, isto é, o "Asa Branca", mandou dois dos seus funcionários procurá-la por todos os recantos de Mossoró.
Já fazia três dias da permanência do casal em Mossoró, e assim que Asa Branca soube que estava sendo procurado, resolveu fugir às pressas com a companheira para Fortaleza, capital do Ceará. Lá, desempregado, foi assistido por um médico, o doutor Lobo, que logo solucionou o seu problema, e o empregou em uma mina de ametista.
De Fortaleza, foram morar em Itapipoca, posteriormente para Caridade, e lá o casal teve quatro filhos, mas sempre trabalhando na agricultura.
Anos depois a família mudou-se para Macaíba, já no Estado do Rio Grande do Norte. Com alguns anos passados, Asa Branca resolveu retornar a Mossoró, onde aqui criou a sua família e viveu os seus últimos dias de vida.
Nos anos 70, o
Dr. José Araújo, ex-dentista, e diretor de algumas escolas de Mossoró,
juntamente com João Batista Cascudo Rodrigues, conseguiram um emprego na FURRN,
atualmente UERN, e Asa Branca trabalhou nela até morrer.
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