Por Jorge Remígio
Virgulino e
seu bando, por Benjamim Abraão
A tese de um
Virgulino injustiçado, vítima, ela tem pouca sustentação ou nenhuma. Até o
próprio, disseminava essa ideia, sendo já um Lampião, justificando a sua sanha
avassaladora e cruel, e muitos acreditavam. Ou pelo menos diziam acreditar. As
confusões de Virgulino com Saturnino nunca foi motivo de abraçar uma vida
cangaceira.
Conflitos de vizinhos eram corriqueiros. O cangaço era um atrativo para quem tinha um viés, uma propulsão para o crime ou um interesse "comercial" naquela atividade bandoleira. Virgulino e os irmãos Antônio e Livino sempre foram problemáticos. Claro que tiveram desafetos problemáticos. Porém, nunca foram "empurrados" para o crime. A não ser, pela própria genitora.
Conflitos de vizinhos eram corriqueiros. O cangaço era um atrativo para quem tinha um viés, uma propulsão para o crime ou um interesse "comercial" naquela atividade bandoleira. Virgulino e os irmãos Antônio e Livino sempre foram problemáticos. Claro que tiveram desafetos problemáticos. Porém, nunca foram "empurrados" para o crime. A não ser, pela própria genitora.
Ingrid
Rebouças e Jorge Remígio
Vejam bem; de
uns trinta anos para cá, é pouco tempo, o estudo do cangaço evoluiu em outra
perspectiva, que foi aprofundar-se na crítica e centrar à pesquisa
privilegiando mais os documentos do que exclusivamente a oralidade. Claro
que a pesquisa oral é importantíssima, uma vez que haja compromisso com o
método.
Em trabalhos sérios, determinados, criteriosos, não se identifica uma única bondade por parte de Lampião em dezoito anos de cangaço. A área que privilegia o mito, a fantasia, o folclore, foi construída desde os anos vinte e absorvida pela população rural nos Sertões nordestinos. O estudo do cangaço hoje é debatido em seminários e tema de mestrados e teses acadêmicas. Claro que se deve saber que Sinhô convidou Lampião para acompanhá-lo até a atual Dianópolis. Ele recusou porque adorava a vida bandida e era a grande oportunidade que caia aos seus pés ou mãos, a chefia de um bando, até então de cangaço de vingança que automaticamente passou a ser um Cangaço Meio de Vida, de Negócio, no dizer de Frederico Pernambucano de Melo.
Em trabalhos sérios, determinados, criteriosos, não se identifica uma única bondade por parte de Lampião em dezoito anos de cangaço. A área que privilegia o mito, a fantasia, o folclore, foi construída desde os anos vinte e absorvida pela população rural nos Sertões nordestinos. O estudo do cangaço hoje é debatido em seminários e tema de mestrados e teses acadêmicas. Claro que se deve saber que Sinhô convidou Lampião para acompanhá-lo até a atual Dianópolis. Ele recusou porque adorava a vida bandida e era a grande oportunidade que caia aos seus pés ou mãos, a chefia de um bando, até então de cangaço de vingança que automaticamente passou a ser um Cangaço Meio de Vida, de Negócio, no dizer de Frederico Pernambucano de Melo.
Louro Teles,
Heldemar Garcia, Jorge Remígio, Narciso Dias e Jair Tavares em visita do Cariri
Cangaço ao Sítio Passagem das Pedras
Mesma ideia
teve, quando em entrevista em 1926, questionado se não desejava abandonar àquela
vida, respondeu que estava muito bem nela e que não cogitava sair de suas
atividades. Outro, porém. Lampião nunca quis vingar-se dos seus inimigos
declarados. José Alves Sobrinho (Zé Saturnino) e o Tenente José Lucena de
Albuquerque Maranhão. Apesar de viver falando deles.
Jorge Remígio
Pesquisador, membro do GPEC
Conselheiro Cariri Cangaço
Jorge Remígio
Pesquisador, membro do GPEC
Conselheiro Cariri Cangaço
http://cariricangaco.blogspot.com.br/2016/06/virgulino-injusticado-porjorge-remigio.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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