Do acervo do pesquisador do cangaço Antonio Corrêa Sobrinho
SALVADOR (O
GLOBO) – Após trinta anos insepultas, as cabeças de Lampião, Maria Bonita e
outros cangaceiros que estavam no Museu Estácio Lima foram agora colocadas em
ossuários no cemitério Quintas dos Lázaros, nesta capital.
Expostas no museu, pertencente à Faculdade de Medicina, as cabeças provocaram durante longo tempo polêmicas na imprensa e entre os entendidos, uns considerando a exposição uma desumanidade e uma falta de respeito para com os mortos, e outros achando que o problema transcendia o aspecto ético, pois as cabeças teriam um valor histórico inestimável, sendo na realidade valiosas peças de museu.
DADOS NOVOS
Detalhes
inéditos sobre a morte de Lampião foram narrados pelo seu lugar-tenente,
Labareda (Ângelo Roque), ao jornalista Juarez Conrado, que está escrevendo um
livro sobre os cangaceiros. Labareda, que foi lugar-tenente do chefe do cangaço
durante 18 anos, disse ter conseguido escapar ao cerco e posterior massacre
porque pouco antes fora ao município de Jeremoabo adquirir um xarope para
combater a violenta gripe que o afligia.
Contou ainda que Lampião foi abatido na gruta de Angicos quando experimentava, com os companheiros, uma máquina de fazer café. Maria Bonita foi baleada nas costas e Lampião correu para socorre-la quando foi varado de balas e morreu instantaneamente. Pouco antes assistira à morte do seu irmão Ezequiel, atingido pela volante pernambucana chefiada pelo tenente Epitácio, conhecido entre os cangaceiros como “Chorão”.
Imagem colhida
na internet: O legista Charles Pittex com as cabeças de Lampião e Maria Bonita
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=938107329651477&set=gm.1279246855421763&type=3&theater
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