Por Jerdivan
Nóbrega de Araújo
Muito embora
tenha nascido na cidade de Santa Luzia, professor Arlindo Ugulino adotou a
cidade de Pombal como sua “pátria”, e aqui construiu a sua vida, contribuindo
também na construção da vida de muitos pombalenses. Reconhecimento já
devidamente feito pela Câmara Municipal, ao lhe conceder o título de Cidadão Pombalense.
Filho do casal
Justo Ugulino e dona Maria Jandira Ugulino, Professor Arlindo nasceu no dia 29
de abril de 1933.
Parente
próximo do grande cantador poeta Ugulino do Sabugi, certa vez ele me contou que
recebeu a difícil tarefa de optar, na denominação da rua em que mora até hoje,
entre homenagear o parente famoso Ugulino do Sabugi ou o não menos famoso poeta
pombalense Leandro Gomes de Barros: não teve dúvidas em denominar a rua com o
nome de um pombalense, até então desconhecido do povo da nossa cidade. Maior
demonstração de amor a Pombal não pode haver.
Vocacionado para o clérigo, estudou no Seminário Arquidiocesano Imaculada
Conceição da Paraíba, em João Pessoa por oito anos, aprendendo línguas como:
Francês, Inglês, latim e Grego. Desistiu da carreira dentro da Igreja para
constituir família, casando-se no dia 11 de maio de 1958, com dona Sonia de
Medeiros Ugulino, vindo a constitui uma família típica sertaneja de oito
filhos: quatro homens e quatro mulheres. São eles: Malba Delian, Arlindo Filho,
Mª Jandira, Luis Augusto, Paulo de Tarso, Terezinha de Jesus, e Fernanda de
Lisiê e Lúcio Flávio (falecido prematuramente no dia 30 de maio de 1982, era
meu amigo de infância).
Professor Arlindo foi promotor de Justiça com serviços prestados em Pombal Brejo do Cruz, Catolé do Rocha, São Bento e Sousa. Em Catolé do Rocha exerceu ainda a função de Superintendente Regional de Polícia Civil.
Sua vocação para a educação o levou a participar da fundação de dois grandes
colégios em Pombal: o “Ginásio Diocesano de Pombal”, onde foi vice-diretor, e o
“Colégio Estadual de Pombal Manuel de Arruda Câmara”, também exercendo o cargo
de Diretor por dez anos.
Administrou
aquela instituição com autoridade, porém sem autoritarismo, tanto é que os
alunos que ele dirigiu ainda hoje, mesmo muitas vezes reclamando da sua
autoridade, são unanimes em dizer que foram os melhores anos daquele Colégio
Estadual.
Colégio Estadual de Pombal Manuel de Arruda Câmara
Quando diretor
do “Colégio Estadual de Pombal Manuel de Arruda Câmara”, Professor Arlindo foi
o responsável pela organização da comemoração do Sesquicentenário da
Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1972, quando a cidade testemunhou
o seu maior e mais organizado desfile cívico.
Na Festa do
Rosário de Pombal, a voz do mestre na locução do evento, o que o fez por vários
anos, passou ser parte daquele acontecimento folclórico e religioso.
Orgulhavam-se os pombalenses que, depois de muito tempo sem vir à cidade tinham
seus nomes anunciados pelo mestre nas difusoras e rádios que transmitiam o
evento. Muitos procuravam Professor Arlindo para que este anunciasse a sua
presença. Outras vezes o próprio professor andava pelas ruas e, ao ver de longe
um pombalense em visita a terrinha, anotava o nome e o surpreendia anunciando a
sua presença na cidade. Infelizmente o padre Ernaldo, em um desserviço à cidade
e à Festa do Rosário, por total desconhecimento das nossas tradições “expulsou”
o nosso mestre de cerimônia do palco, deixando esse vazio nos pombalenses, o
que não diminuí o tamanho da festa, mas apequenou em muito aquele pároco.
Um resumo do
mestre com todo o nosso carinho.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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