Por Valberto
Barbosa de Sena
A
nuvem derrama o pranto
Em forma de gotas d"água.
Qual o motivo da mágoa
Que a faz soluçar tanto?
Será que tem um motivo
Pra que um choro tão vivo
Venha cair sobre o chão?
Não sei, só sei que ela chora,
O solo se revigora,
E transforma a terra em pão.
Em forma de gotas d"água.
Qual o motivo da mágoa
Que a faz soluçar tanto?
Será que tem um motivo
Pra que um choro tão vivo
Venha cair sobre o chão?
Não sei, só sei que ela chora,
O solo se revigora,
E transforma a terra em pão.
Um
novo dia amanhece,
A nuvem derrama o pranto.
Cada lágrima, no entanto,
Para Deus é uma prece.
Lá do seu trono elegante,
Ele escuta a cada instante,
O choro com emoção.
O camponês da mão grossa
Planta a semente na roça
E transforma a terra em pão.
A nuvem derrama o pranto.
Cada lágrima, no entanto,
Para Deus é uma prece.
Lá do seu trono elegante,
Ele escuta a cada instante,
O choro com emoção.
O camponês da mão grossa
Planta a semente na roça
E transforma a terra em pão.
Quando
a semente germina,
Se estrela por todo canto,
A nuvem derrama o pranto,
Num formato de neblina.
O sol se esconde por perto,
Espera o momento certo,
Fazendo uma aparição.
Manda em direção da gente,
Raios de luz de sol quente
E transforma a terra em pão.
Se estrela por todo canto,
A nuvem derrama o pranto,
Num formato de neblina.
O sol se esconde por perto,
Espera o momento certo,
Fazendo uma aparição.
Manda em direção da gente,
Raios de luz de sol quente
E transforma a terra em pão.
Bem
cedinho me levanto,
Ponho meus pés sobre a terra.
Lá sobre o alto da serra,
A nuvem derrama pranto.
De lá cai com ligeireza,
Em forma de correnteza,
Transportando a erosão.
Complementando essa pauta
Traz cascas da terra alta
E transforma a terra em pão.
Ponho meus pés sobre a terra.
Lá sobre o alto da serra,
A nuvem derrama pranto.
De lá cai com ligeireza,
Em forma de correnteza,
Transportando a erosão.
Complementando essa pauta
Traz cascas da terra alta
E transforma a terra em pão.
Com
simplicidade e empenho,
Numa bonita figura,
Recebe uma cor escura,
Num conhecido desenho.
A nuvem derrama o pranto,
Não por ter medo ou espanto,
Da cor da escuridão.
Mas, por ver como se integra
No seu ciclo, se alegra
E transforma a terra em pão.
Numa bonita figura,
Recebe uma cor escura,
Num conhecido desenho.
A nuvem derrama o pranto,
Não por ter medo ou espanto,
Da cor da escuridão.
Mas, por ver como se integra
No seu ciclo, se alegra
E transforma a terra em pão.
Quando
uma semente cai
Duma planta lá na mata,
Seu laço não se desata,
Reintegrar-se ela vai.
Já em um novo recanto,
A nuvem derrama o pranto
Parecendo transfusão.
A semente ressuscita,
Fica viçosa e bonita
E transforma a terra em pão.
Duma planta lá na mata,
Seu laço não se desata,
Reintegrar-se ela vai.
Já em um novo recanto,
A nuvem derrama o pranto
Parecendo transfusão.
A semente ressuscita,
Fica viçosa e bonita
E transforma a terra em pão.
Quando
a água cristalina,
Pára em um canto e alaga,
A si própria ela se indaga
Qual será a minha sina?
De repentemente entende
Que enquanto ali se prende,
A nuvem derrama o pranto.
Faz a sua irrigação
E transforma a terra em pão
Esse alimento tão santo.
Pára em um canto e alaga,
A si própria ela se indaga
Qual será a minha sina?
De repentemente entende
Que enquanto ali se prende,
A nuvem derrama o pranto.
Faz a sua irrigação
E transforma a terra em pão
Esse alimento tão santo.
A
água transborda o poço,
Onde estava e vai embora.
Dela uma parte evapora,
Sem ter nenhum alvoroço.
A que se gaseifica,
Logo se liquidifica,
Suspensa na imensidão.
A nuvem derrama o pranto.
Seu choro é um acalanto,
E transforma a terra em pão.
Onde estava e vai embora.
Dela uma parte evapora,
Sem ter nenhum alvoroço.
A que se gaseifica,
Logo se liquidifica,
Suspensa na imensidão.
A nuvem derrama o pranto.
Seu choro é um acalanto,
E transforma a terra em pão.
Em
minha visão poética,
Eu não prevejo o futuro,
Mas, tudo o quanto procuro,
É na nova dialética,
Transmitir os meus informes.
Tudo dentro dos conformes
Da boa observação.
Para falar sobre o quanto
A nuvem derrama o pranto
E transforma a terra em pão.
Eu não prevejo o futuro,
Mas, tudo o quanto procuro,
É na nova dialética,
Transmitir os meus informes.
Tudo dentro dos conformes
Da boa observação.
Para falar sobre o quanto
A nuvem derrama o pranto
E transforma a terra em pão.
(V.
B. S. - 2012-06-20).
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