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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

BANDITISMO NORDESTINO

Por Raimundo Nonato

Houve, realmente, de 1912 a 1930, clima próprio ao vicejar dessa planta daninha e maldita que foi o banditismo nordestino.

As agitações políticas que abalaram os grandes centros do pais, tinham as suas raízes plantadas no obscuro sertão. Os coronéis e chefes políticos, de vilas e cidades, cercavam-se de contraventores da lei, a sua brigada de choque e paus para toda obra. Os afamados Contendas, Os Dungas, Os Zé-Inácios de Barros, os Maciéis e caterva, foram chefes temidos pelo seu poderio nos rifles de assalariados. Eles e outros, não eram mais que satélites de Juazeiro do Norte do Padre Cicero, centro convergente do fanatismo, místico e criminoso: Uma horda sem lei, sem luz e sem ordem. E, segundo o testemunho de abalizados observadores do meio e do homem, e que fixaram a gênese da Sedição de Juazeiro foi daquele antro todo o nordeste, a onda canibalesca do banditismo.

O banditismo oficializado tomou forros de coisa aceita de fato, nos vastos sertões do nordeste, sendo Juazeiro a Meca das hordas bárbaras que iam receber a benção do padrinho Cicero.

Lampião, ali, invernava com os sequazes, descansando, refazendo-se, e se restabelecendo de armas e munições que lhe eram ofertadas ou vendidas pelos seus agentes e protetores, existentes até nos meios mantenedores da ordem.

Só depois que Lampião assaltou Mossoró e diante do movimento geral de repulsa e repercussão causada pela sinistra aventura, fracassada felizmente, é que se generalizou o combate ao banditismo no nordeste, numa ação convergente de todos os governos. Uma caça as feras, constante e sistemática, foi estabelecida, até que, afinal o valoroso e valente Tenente Bezerra deu cabo da vida ao quadrilheiro famoso pelas suas correrias, sangrentas através de seu vasto trato do sertão nordestino.

Fonte: facebook
Página: Adauto Silva

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