No Nordeste, o
sistema de pesos e medidas usado no tempo do cangaço tinha basicamente a
seguinte nomenclatura:
a) medidas de
comprimento: légua (mais ou menos 6km), vara (5 palmos = 1,10m), braça (2 varas
= 2,20m), polegada (0,0275m), palmo (8polegadas = 0,22m), pé (1,5 palmo ou 12
polegadas = 0,33m);
b) medidas
agrárias ou de área: tarefa (3.000m2; 900 braças quadradas = 43,56 hectares; 3
tarefas equivaliam mais ou menos a 1 hectare) e conta (unidade convecionada de
área na qual devia ser executado um serviço agrícola por empreitada, variável
de caso a caso);
c) medida de
capacidade para secos: salamim ou celamim ( 0,431 litro; noutras regiões, a 16a
parte de um alqueire, ou seja, 2,2668 litros; ou ainda 20 litros);
d) medida de
líquidos (vinho, azeite, etc.): canada (que equivalia a quatro quatrilhos);
e) medidas de
massa: libra (unidade de valor variável, sendo a mais comum equivalente a 500
ou a 459,05 gramas), arroba (equivalente a 15kg, ou, mais precisamente, a
14,688kg, porém variando segundo a região, conforme se tratasse de algodão, de
carne ou de gado em pé) e quarta ( a quarta parte de qualquer coisa).
Até 1834, a
moeda brasileira era o real ( plural réis). De 8 de outubro de 1834 até 1 de
novembro de 1942, a moeda passou a ser o mil-réis. Mil-réis constituía a base
unitária prática do meio circulante, mas a base efetiva continuava sendo o
real, tanto assim que as frações do mil-réis eram quantificadas em réis. Um mil
réis escrevia-se assim: 1$000. Um milhão de réis (mil mil-réis) constituíam um
conto de réis, escrevia -se 1:000$000. Para se registrar, por exemplo, três
contos e duzentos e setente e cinco mil réis, escrevia-se: 3:275$000 (três
milhões e duzentos e setente e cinco mil réis). Um bilhão de réis ( um milhão
de mil-réis- mil contosde réis) era escrito assim: 1.000:000$000.
Quantia inferior a mil réis, por exemplo,cento e vinte e cinco réis, escrevia-se: $125. A moeda de 400 réisdenominava-se cruzado; a de 200 réis, doistões; a de 100réis, tostão; a de 40 réis, pataca ou dobrão; a de 20 réis, vintém; a de 10 réis, dérréis.
Fonte: Lima
Irmão, José Bezerra. Lampião a Raposa das Caatingas. Salvador, JM Gráfica e
Editora, 2014.
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