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domingo, 24 de março de 2019

O CAMINHO DA INFÂMIA


Por Geziel Moura

Se teve acontecimento do cangaço, que sempre foi incerto para mim, está na trajetória que a polícia da Alagoas realizou desde Angico até Maceió, com as cabeças dos cangaceiros mortos naquele coito, em 28 de julho de 1938. Diante disso, procurei resolver o problema, em alguns escritores: Melchiades Rocha, Valdemar de Sousa Lima e Clerisvaldo Chagas, sem no entanto conseguir vislumbrar um percurso completo das cabeças.

O escritor Frederico Pernambucano de Melo baseado no jornal Gazeta de Alagoas, propõem caminho razoável deste cortejo macabro, pode até não ser o definitivo, mas parece que tem alguma lógica a ser considerada em seu entendimento.


Segundo, Pernambucano o início da trajetória, se deu em Piranhas (AL), lugar da famosa foto das cabeças, expostas na prefeitura da cidade...Ainda, na noite do mesmo dia do acontecimento, ou seja, no dia 28, partiram para a segunda escala, o então, município de Pedra de Delmiro Gouveia (AL), chegando, nesta, na madrugada do dia 29, lugar em que as cabeças imersas em água com sal, foram substituída por álcool, logo depois seguiram para Água Branca (AL), e Mata grande (AL).


Ao deixar, tais cidades o caminhão que levava as cabeças decepadas, continuaram no sentido de Canapi (AL), Maravilha (AL), Poço das Trincheiras (AL) e finalmente chegaram em Santana do Ipanema (AL), no inicio da noite, do mesmo dia, sede do comando das volantes alagoanas.


No amanhecer, as cabeças dos cangaceiros foram submetidas às exposições, por toda a cidade, fotos flagradas na escadaria da capelinha de Nossa Senhora de Assunção e aplicações de formol para resistir até o destino final, Maceió

Na madrugada do dia 31, recomeça a comitiva de carros, passando por Palmeira dos índios (AL), Limoeiro de Anadia (AL), Campo Alegre (AL), na época Mosquito, São Miguel dos Campos e terminando em Maceió, capital do Estado.



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