Por Geziel Moura
Se teve
acontecimento do cangaço, que sempre foi incerto para mim, está na trajetória
que a polícia da Alagoas realizou desde Angico até Maceió, com as cabeças dos
cangaceiros mortos naquele coito, em 28 de julho de 1938. Diante disso,
procurei resolver o problema, em alguns escritores: Melchiades Rocha, Valdemar
de Sousa Lima e Clerisvaldo Chagas, sem no entanto conseguir vislumbrar um
percurso completo das cabeças.
O escritor
Frederico Pernambucano de Melo baseado no jornal Gazeta de Alagoas,
propõem caminho razoável deste cortejo macabro, pode até não ser o definitivo,
mas parece que tem alguma lógica a ser considerada em seu entendimento.
Segundo,
Pernambucano o início da trajetória, se deu em Piranhas (AL), lugar da famosa
foto das cabeças, expostas na prefeitura da cidade...Ainda, na noite do mesmo
dia do acontecimento, ou seja, no dia 28, partiram para a segunda escala, o
então, município de Pedra de Delmiro Gouveia (AL), chegando, nesta, na
madrugada do dia 29, lugar em que as cabeças imersas em água com sal, foram
substituída por álcool, logo depois seguiram para Água Branca (AL), e Mata
grande (AL).
Ao deixar,
tais cidades o caminhão que levava as cabeças decepadas, continuaram no sentido
de Canapi (AL), Maravilha (AL), Poço das Trincheiras (AL) e finalmente chegaram
em Santana do Ipanema (AL), no inicio da noite, do mesmo dia, sede do comando
das volantes alagoanas.
No amanhecer,
as cabeças dos cangaceiros foram submetidas às exposições, por toda a cidade,
fotos flagradas na escadaria da capelinha de Nossa Senhora de Assunção e
aplicações de formol para resistir até o destino final, Maceió
Na madrugada
do dia 31, recomeça a comitiva de carros, passando por Palmeira dos índios
(AL), Limoeiro de Anadia (AL), Campo Alegre (AL), na época Mosquito, São Miguel
dos Campos e terminando em Maceió, capital do Estado.
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